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SELEÇÃO BRASILEIRA

Após demissão de Emily, volante Fran segue Cristiane e se aposenta da seleção feminina

Jogadora fez críticas a nova comissão técnica e ressaltou o momento como a oportunidade do futebol feminino brigar pelos seus direitos

Reprodução/Instagram Franzinha_10
Cristiane foi somente a primeira. Após a demissão de Emily Lima, a volante Fran, do Avaldsnes, na Noruega, e há 12 anos defendendo o time nacional desde as categorias de base, seguiu os passos da atacante e anunciou na manhã desta quinta-feira que não jogará mais pela seleção brasileira feminina de futebol. Em pronunciamento, criticou a demissão da comissão técnica de Emily e também a decisão pelo retorno de Vadão, que esteve a frente da Amarelinha comandando o projeto da Seleção Permanente. 

"Venho aqui comunicar que não sirvo mais a seleção brasileira de futebol feminino devido aos últimos acontecimentos que nós tivemos em relação a comissão técnica ter sido despedida da forma que foi. Também estou de saida, não só por isso, mas principalmente por quem retornou, meus motivos em relação a essa comissão é por tudo que eu passei na permanente. Eu vi melhora quando a Emily assumiu e agora não vejo necessidade, não vejo coerência da minha parte fazer parte de um trabalho onde eu não acredito que possa dar certo. Tomara que eu queime a minha língua e que ele (Vadão) leve a seleção a um nível que ela merece estar", afirmou a jogadora. 

Em seu discurso, por meio de suas redes sociais, revelou problemas com a comissão que acompanha Vadão e criticou o posicionamento omisso do novo técnico em casos que não foram detalhados pela jogadora.

Foi um grande prazer servir a Seleção Brasileira com toda dificuldade %uD83D%uDE2D%uD83D%uDE2D%uD83D%uDE14%uD83D%uDE14

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"Não sei se eu faria parte da seleção com essa nova comissão, sendo que no passado já não fazia, e agora muito menos depois de algumas coisas que aconteceram entre mim e membros da comissão, porque não tenho nada contra o Vadão. Simplesmente tenho contra a omissão dele em relação a alguns casos, e quem decidia todas as coisas quem fazia tudo era o Fabricio. Como foi informado agora que a comissão toda está voltando dificilmente eu acredito que vá mudar alguma coisa. Então dificilmente eu me vejo nos planos deles e agora também a seleção não está nos meus planos mesmo que eu fosse ser convocada ou algo do tipo", disse.

A briga do futebol feminino 

Mas para além das críticas, a jogadora endossou o discurso de Cristiane e ressaltou o momento como oportuno para que as jogadoras briguem pelo futebol feminino. "Me sinto convicta da minha decisão e acho que é o momento do futebol feminino lutar por alguma coisa e não deixar eles fazerem tudo que eles sempre fizeram com a gente, que é falar e a gente obedecer. Espero que as declarações da Cris, de outras atletas, minha, talvez eu não tenha a mesma influência que uma Cristiane, mas que façam alguma diferença."