A treinadora foi a única, entre os últimos cinco técnicos a assumirem o comando antes dela, que sequer teve a chance de desenvolver o trabalho na seleção durante o período de um ano. Todos os nomes que estiveram no comando, desde 2004 - Luiz Antônio, Jorge Barcellos, Kleiton Lima, Márcio Oliveira e Vadão -, puderam ter ao menos 12 meses de trabalho na Granja Comary.
Ex-jogadora em times do Brasil e da Europa, a técnica chegou ao time nacional credenciada pelo recente vicecampeonato da Copa do Brasil 2016, quando comandou o São José-SP. Assim que chegou à seleção, em novembro do ano passado, assumiu a equipe com um início arrasador, colecionado sete vitórias seguidas. Mas nos últimos seis jogos disputados, quando o Brasil começou a ser posto de frente com equipes mais consolidadas no cenário do futebol feminino, um empate e as cinco derrotas foram dados como suficientes para determinar o fim do trabalho que vinha sendo construído pela treinadora.
Para além dos resultados, a chegada de Emily Lima marcou um período de novos nomes aparecendo nas listas convocatórias e projetos de renovação no futebol feminino a nível nacional. Como por exemplo, a Convocação Regional, impulsionada pela treinadora, que busca pelo descobrimento de caras novas no país e foi responsável por oferecer a dez jogadoras que atuam em Pernambuco a chance de participar dos trabalhos da seleção principal pela primeira vez na carreira.
Quem assume?
Nenhum nome foi anunciado pela CBF, que somente confirmou oficialmente a saída da treinadora. No entanto, técnico da seleção feminina durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, Oswaldo Alvarez, mais conhecido como Vadão, é o mais cotado para assumir o cargo.