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HANDEBOL

Atletas do handebol de praia tentam conciliar vida profissional com a paixão pelo esporte

Bruno Carlos recorre à lei para ser liberado para defender a seleção

postado em 23/07/2014 08:00 / atualizado em 23/07/2014 14:37

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Viver do esporte é o sonho de todo atleta, mas que poucos conseguem realizar. O jeito é levar uma vida dupla, conciliando a prática esportiva com uma outra profissão. Os jogadores da seleção brasileira de handebol de praia não ganham nenhuma remuneração para jogar o mundial da modalidade, que está sendo realizado no Recife. Estão lá por prazer, amor, companheirismo. Para alguns, o sustento vem do handebol de quadra. Para outros, de empregos tradicionais.

Por ser um caminho natural, a maioria dos jogadores que não atua profissionalmente na quadra trabalha com esporte. Cursaram educação física e se tornaram professores. Mas há quem fuja à regra. Bruno Carlos, 28 anos, paraibano, escolheu o Direito. Atualmente, trabalha na prefeitura de João Pessoa e também advoga. Chegou a atuar por um ano no handebol profissional de quadra. Mas fugiu das incertezas do esporte e optou por uma carreira tradicional. Nunca deixou, porém, a paixão de lado. “Quando não deu para conciliar, deixei a quadra. Mas segui na praia”, contou.

No handebol de praia, Bruno é o chamado especialista. É o atleta que nas jogadas em que a equipe está atacando entra no lugar do goleiro para ter uma superioridade numérica. Nos dois últimos mundiais da modalidade, foi eleito o melhor da posição. Ele destoa dos demais jogadores pelo físico. É magro, franzino, enquanto os outros são altos e fortes. O que não o impede de ser um dos destaques da equipe. Assim foi na vitória de estreia do Brasil, terça-feira, diante de Omã, por 2 sets a 0. Deixou a quadra surpreso com a liberdade que teve no jogo. “Fiquei até espantado. Nunca joguei tão livre”.
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Para jogar pela seleção e não levar falta no trabalho na prefeitura de João Pessoa, Bruno recorreu aos seus conhecimentos de Direito. Ele se vale de uma determinação da Lei Pelé, que libera atletas para defenderem o Brasil em modalidades esportivas. “Quando sou convocado, faço um requerimento baseado na Lei e sou liberado. Não é descontado nenhum dia do meu salário”, revelou.

A ESTREIA
O Mundial começou nesta segunda-feira, na arena montada na praia do Pina, e contou com boa participação do público, que ocupou boa parte das cadeiras nas arquibancadas. As partidas seguem nesta quarta-feira, a partir das 15h, com entrada gratuita.

Resultados

Terça-feira

Masculino

Brasil 2 sets a 0 Omã (18 x 12 / 20 x 17)

Brasil 2 sets a 0 Uruguai (20 x 6 / 24 x 10)

Feminino

Brasil 2 sets a 0 Austrália (21 x 10 / 16 x 12)

Brasil 2 sets a 0 Taipei (16 x 10 / 24 x 7)

Tabela

Quarta-feira


Masculino

17h Brasil x Austrália

20h20 Brasil x Sérvia

Feminino

16h Brasil x Itália

19h30 Brasil x Uruguai

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press