Nicolas é o que se costuma chamar de verdadeiro pupilo do vôlei pernambucano. Atleta de 16 anos, o garoto já tem 1,95 metro de altura. E não é só por isso que ele é apontado como um dos melhores atletas desta edição dos Jogos Escolares de Pernambuco. A bola que sai das mãos desse ponteiro explodem no chão, sem chance de bloqueio, de defesa. Não é em vão que o Colégio Monsenhor Adelmar da Mota (CMA), um dos representantes de Garanhuns nos Jogos, é apontado como um dos favoritos ao título. “É uma boa equipe e conta com esse atleta que faz a diferença”, afirmou a técnica Janilsa Brandão.

Capitão do time, Nicolas Almeida, não é tudo em um grupo que ainda conta com as mãos seguras de Caio, a força de Vitor e a garra de Abraão para representar bem o município. “Pelo empenho da equipe e porque juntamos componentes importantes, como a união e a força de vontade, vejo que poderemos ser campeões este ano, sim”, disse Nicolas, com a experiência de quem pratica o esporte há sete anos, é capitão do time e ganhou como prêmio uma recente convocação para a seleção pernambucana infantil. “Os Jogos são uma vitrine importante para a gente do interior. Não podemos deixar de perder a oportunidade”, ressaltou o prodígio.

Para conquistar o principal objetivo do grupo, porém, os meninos do CMA terão que se superar. Amanhã, a equipe garanhuense já terá pela frente os atuais bicampeões estaduais, o Colégio 2001, do Recife. “Ano passado perdemos para eles na final, mas este ano temos totais condições de dar o troco, o time está reforçado, trouxemos alguns bolsistas e tenho fé nesse título inédito”, afirmou o coordenador de esportes do colégio, Josmar Brandão, o Mazinho.
Como trunfo, o CMA terá a torcida a seu favor e um ginásio que cabe até três mil pessoas em pé (1.700 sentadas).

Entre a cruz e a espada
Natural de Garanhuns, a técnica do Colégio 2001 passou, este ano, a ser técnica também do CMA. O problema para Janilsa Brandão é que ambas as equipes irão brigar pelo título. “Ambos têm totais condições de chegarem ao título. Por isso, já faz dois dias não durmo pensando como vou fazer, é uma situação complicada”, afirmou. No 2001, a professora já está há oito anos. “Talvez em razão do tempo e por a torcida estar com o CMA, eu deva ficar no banco do 2001”, revelou, ainda em tom de indefinição.