Colocando em prática o planejamento para a sequência da temporada, o Sport já elaborou uma lista de atletas negociáveis, visando enxugar o elenco. O próximo passo, que naturalmente é a contratação de reforços, no entanto, ainda não têm perspectiva de ocorrer. De acordo com o presidente Milton Bivar, não se fala em ir ao mercado na Ilha do Retiro com o clube apresentando débitos junto ao plantel.
“Nem pensar. Enquanto a gente tiver ainda com a folha de abril em atraso não posso pensar em reforço. Não tem transação nenhuma. Primeiro arrumo a casa para pensar em fazer outras coisas. Trabalho 100% pés no chão”, disse. “A pandemia nos tirou desse cenário, me quebrou, foi algo inesperado. Quebrou toda a programação da gente”, lamentou. O clube vem nas últimas semanas buscando um empréstimo para regularizar as contas.
O Sport está devendo os meses de abril e maio, além da “carteira” (CLT, que corresponde de 60% a 70% dos salários) de março. Os valores referentes aos direitos de imagem, que são de 30% a 40% dos vencimentos, foram suspensos durante a pandemia do coronavírus e serão quitados na volta dos jogos. Mesmo com o reinício dos treinamentos na última segunda-feira, ainda não há previsão para o retorno das competições.
André
Com o nome ligado ao Sport ligado nos últimos dias, o atacante André, que teve duas boas passagens por Recife e atualmente defende o Grêmio, não é alvo rubro-negro, segundo Bivar. Em dificuldade financeira, o jogador está acima do patamar rubro-negro. “André seria muito bem-vindo, tem serviços prestados, é midiático. Mas infelizmente as nossas condições atuais não permitem que a gente faça esse tipo de investimento”, completou.
No Grêmio, André está atualmente fora dos planos. Desde o início do ano, aliás, o clube gaúcho busca um destino para o jogador - contratado junto ao Sport no começo de 2018 por R$ 10 milhões -, mas esbarra no alto salário (em torno de R$ 450 mil) do atacante. O vínculo de André com o tricolor gaúcho vai até 2021.