Isso porque com a incerteza acerca do tempo de paralisação por causa da Covid-19, Bivar sugere que um acerto imediato poderia ser precoce, já que não há nenhuma previsão para o retorno das atividades. Além disso, abriu a possibilidade para um acordo não mais em conjunto aos clubes da Série A - ainda que tenha pontuado ser essa a intenção inicial -, com o Sport realizando à parte.
“Temos tempo. Quero resolver de uma forma global, com todo mundo. Então não é o caso para o momento”, iniciou o presidente. “Eu espero fazer em conjunto com todos os clubes, mas caso não seja possível, aí, sim, eu vou partir para uma negociação individual”, afirmou.
O Leão, assim como os demais 19 clubes da elite nacional, deu férias para os jogadores do dia 1º até 20 de abril, podendo ser ampliada por mais dez dias dependendo de como esteja a pandemia no Brasil. O acordo, aliás, foi feito através da CNC (Comissão Nacional dos Clubes), que também está nesta frente para solucionar a questão salarial dos atletas.
“A gente não tem ideia da extensão da pandemia. Isso dificulta muito. Estamos trabalhando tudo com hipótese. Não sabemos até quando vai, quando será o ápice. É difícil”, finalizou Bivar.
Um acordo para redução salarial pode ajudar a dar um mínimo de fôlego aos cofres rubro-negros neste período de paralisação sem receitas. Tentando manter alguma arrecadação, aliás, Bivar enviou uma carta aos sócios do clube. Além disso, o clube vem lançando campanhas para a torcida - a mais recente, aliás, foi a ampliação da promoção ‘O Sport é Você’ para o mês de abril.
Náutico e Santa Cruz
Rivais locais e em divisões diferentes, o Timbu e a Cobra Coral estão em estágios recentes em relação ao Leão no quesito salarial. Na Série B, o Náutico acertou a redução de 25% dos vencimentos mensais dos atletas, enquanto o Santa Cruz ainda não chegou a uma definição, inclusive, cogitando acordos individuais com os jogadores. “São realidades diferentes”, resumiu o presidente tricolor, Constantino Júnior, na semana passada.