Assim como todo o clube, o Conselho Deliberativo do Sport sofreu suspensão. Mais precisamente a reunião da noite desta quarta-feira (25), que seria um encontro extraordinário para mais uma vez chegar ao texto final para a reforma do estatuto, a qual o clube vem sendo submetido nos últimos meses, cuja votação foi iniciada em fevereiro. O motivo, claro, para a paralisação é a pandemia do coronavírus. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o vice-presidente do órgão rubro-negro, Ricardo de Sá Leitão, falou sobre o cenário.
“A data fica em aberto, não sei se em abril teremos condições de fazer. E por conta do isolamento não é prudente de maneira nenhuma. Até o próprio clube não tem funcionado”, iniciou. As reuniões ocorrem em cada terça-feira do mês - podendo haver uma marcação extraordinária. Desta forma, uma das possibilidades, ainda embrionária, é um debate à distância.
“Temos discutido muito no grupo do conselho pelo Whatsapp (aplicativo para troca de mensagens), mas isso não tem valor de votação. Estamos refletindo sobre a viabilidade de fazer uma reunião virtual”.
A primeira reunião para votação ocorreu no dia 11 de fevereiro, mas ainda em caráter de debate. A segunda seria no dia 10 de março, sendo que, na ocasião, o encontro foi marcado por uma prestação de contas do presidente do executivo, Milton Bivar.
De acordo com Ricardo, aliás, dentre as propostas, há alguns pontos com princípio de concordância entre os conselheiros, ainda que tenha ressalvado que o texto pode sofrer qualquer tipo de mudança até a reunião final.
“A questão da responsabilidade (fiscal) é consenso; a mudança da data de eleições para novembro com a posse em dezembro; a data da própria votação cair no fim de semana para facilitar um maior quórum; aumento e proporcionalidade do conselho (com a oposição fazendo parte) são consensuais”, explicou o vice-presidente.
O que segue sendo sendo debatido é o Comitê de Conformidade (antigo Conselho de Administração), como Ricardo já havia afirmado há pouco mais um mês. “Não fechamos todas as atribuições mas basicamente (será um órgão) de fiscalização, com a possibilidade de enxugar metade das atribuições. A composição, caso mantido, será por eleição e não mais pelos membros natos. Essa é a tendência”, disse. “Mas até a última sessão o texto pode ser alterado”, lembrou. Além disso, afirmou que questões relacionadas ao quadro social também vêm sendo discutidas.
Finalizado o texto, aliás, passo é seguinte é a convocação de uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária dos sócios - possuem direito a participar as categorias contribuinte, patrimonial e remido, com mais de um ano no quadro social. Dependentes e sócio-torcedor não votam.
Finalizado o texto, aliás, passo é seguinte é a convocação de uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária dos sócios - possuem direito a participar as categorias contribuinte, patrimonial e remido, com mais de um ano no quadro social. Dependentes e sócio-torcedor não votam.
Pontos da proposta
Confira abaixo os tópicos de votação da reforma do estatuto, cujo objetivo, de acordo com Ricardo, é tornar o clube mais moderno e democrático:
- Punições mais rigorosas para gestões temerárias:
- Participação da oposição no conselho;
- Portal de transparência enquanto compromisso estatutário;
- Proibição expressa do conflito de interesse;
- Criação de cargos remunerados com dedicação exclusiva para presidência e vice do executivo
- Mecanismos sobre limitação para antecipação de receitas;
- Desnecessidade de pedir assembleia geral para processar presidente;
- Antecipação das eleições da segunda quinzena de dezembro para segunda quinzena de janeiro;
- Aumento no período do mandato do presidente executivo de dois para três anos;
- Proibição do executivo retirar o clube de qualquer competição sem autorização do conselho;
- Reeleição apenas uma vez para presidente do executivo;
- Obrigação de a gestão que sai abrir o clube para transição;
- Tipificação de infrações disciplinares.