Depois de ser flagrado em uma briga no lado de fora de uma boate no bairro do Parnamirim, na Zona Norte do Recife, no último domingo, o atacante Juninho, do Sport, será ouvido como parte do procedimento policial aberto para apurar um possível porte de arma do jogador na confusão. O atleta será ouvido pela Polícia Civil na Delegacia de Casa Amarela, na próxima quarta-feira, às 10h.
O inquérito envolvendo Juninho foi aberto na Delegacia de Casa Amarela, que tem jurisdição sobre a região onde aconteceu o incidente, e está sob responsabilidade da delegada Lídia Barci. Em contato com o Superesportes, ela confirmou que o atleta prestará esclarecimentos na quarta-feira e falou sobre o foco da investigação estar na possível existência de uma arma de fogo na confusão.
“O advogado vai apresentá-lo, porque ele precisa ser ouvido para esclarecer os fatos, o que houve. Então, por enquanto, não tem nada, ele foi chamado, nesta quarta-feira, para prestar os esclarecimentos sobre essa suposta arma que aparece nessa situação, que tem gente que fala que viu, tem gente que fala que não viu (...) Por enquanto tem que saber saber essa existência da arma, eu estou focando no boato da arma, eu quero esclarecimento sobre isso, porque disseram isso e onde está essa suposta arma. (O interesse é) exclusivamente a arma de fogo, mais nada me interesa a não ser a arma”.
A informação sobre o desentendimento envolvendo Juninho surgiu após a divulgação de um vídeo em redes sociais, que mostrava o atacante rubro-negro sendo segurado e levado para um carro, possivelmente tentando conter a confusão. Segundo o advogado do atleta, Ernesto Cavalcanti, sua equipe também teve acesso ao vídeo e, depois, se encontrou com a delegada para prestar esclarecimentos.
“Nós tomamos conhecimento daquele vídeo, conversamos com o Juninho e, hoje de manhã, fomos à delegacia, conversar com a delegada. A delegada estava se inteirando dos fatos, diligenciando e nós combinamos para a ouvida dele ficar para a quarta, às 10h. Ele nega a história de arma, ele informa que houve um desentendimento entre ele e uma pessoa no lado de fora de uma boate e esse problema teria acontecido em razão de um comportamento errado de uma pessoa para com uma mulher que estava com ele”.
Sobre a polêmica, o Sport adota um discurso mais paciente, esperando a definição judicial do caso. Reforçando o bom histórico profissional de Juninho desde o início da gestão, Manoel Veloso, vice-presidente jurídico do clube, analisa que se Polícia Civil e Justiça não virem infração legal no ato de Juninho, o Sport não terá ações a serem tomadas sobre o comportamento do atleta em seu período de folga.
“Como patrão dele, eu não tenho nada a falar, mas quanto a essa questão que aconteceu uma discussão, um problema, no final de semana, em uma boate, até que a investigação policial diga que ele errou ou acertou ou que tipo de erro ele cometeu, eu não tenho o que falar. No horário de folga do meu profissional, ele faz o que ele quiser, desde que, óbvio, ele não cometa nenhum crime, mas isso só vai existir quando encerrar o procedimento policial e judicial (...) Por ora, o posicionamento oficial do Sport é não se intrometer na vida pessoal do atleta, evidentemente, até que se chegue algum veredicto”.
HISTÓRICO
Essa não é a primeira vez que Juninho vira assunto policial. Em 2017, ele foi indiciado por agressão, ameaça e injúria a ex-namorada. Ainda no início deste ano, ele foi acusado de agredir o repórter Victor Pereira, da Rádio CBN. Dentro de campo, ele também acumula momentos conturbados, tendo sido abertamente acusado de indisciplina pelo ex-treinador do Sport, Nelsinho Batista, e sido afastado do elenco.