No entanto, como se pode imaginar, a possível negociação é complicada. Principalmente pela questão financeira. No São Paulo, Diego Souza recebe aproximadamente R$ 450 mil mensais. Em um possível retorno ao Leão, o clube pernambucano arcaria com R$ 170 mil, enquanto os outros R$ 280 mil ficariam a cargo do clube paulista. E uma das possibilidades para que o São Paulo se responsabilize por esse montante envolveria o abatimento da dívida de R$ 3 milhões referente a compra em definitivo do meia Everton Felipe.
Vale lembrar, no entanto, que do total de R$ 3 milhões, R$ 800 mil já serão usados pelos rubro-negros para quitaram um débito com o próprio São Paulo referente a compra do atacante Rogério (hoje no Bahia), em 2017. Dessa forma, sobrariam R$ 2,2 milhões de "crédito" junto ao São Paulo para o pagamento de parte do salário de Diego Souza até o final do ano, quando se encerra o contrato do meia, de 33 anos, com o clube. Em 2017, o tricolor paulista pagou R$ 10 milhões ao Sport para ter o jogador. Parte dessa receita, no entanto, segue bloqueada na Justiça.
Na negociação com o Sport também constaria uma cláusula de renovação automática no contrato de Diego Souza para 2020 em caso de acesso do Leão para a Série A. Também conta a favor de um possível retorno do jogador, o desejo da família em voltar a morar no Recife.
Diego Souza foi o artilheiro do São Paulo no ano passado, com 16 gols em 51 jogos. No entanto, neste ano, o desempenho do atacante caiu, com um tento marcado em sete partidas, apenas três delas como titular.
O jogador acabou sendo apontado por parte da torcida como um dos principais culpados pela eliminação na Libertadores para o Talleres, da Argentina, ainda na fase eliminatória. E no clássico do último domingo contra o Corinthians pelo Paulistão (derrota por 2 a 1), entrou em campo no final do jogo para atuar apenas quatro minutos.
Já no Sport, Diego Souza é ídolo, apesar de ter conquistado apenas o Campeonato Pernambucano de 2017. Ao todo, foram 173 partidas com a camisa do Leão e 57 gols marcados em duas passagens. No rubro-negro, também atingiu algumas marcas pessoais, como a artilharia do Campeonato Brasileiro de 2016, com 14 gols, ao lado de Fred, então no Fluminense, e William Pottker, então na Ponte Preta.
Além disso, o camisa 87 também voltou a ser convocado para a seleção brasileira em 2017 pelo técnico Tite, mas acabou preterido da lista final para a Copa do Mundo da Rússia, no ano passado.
