Criticada por grande parte dos torcedores rubro-negros, a diretoria leonina viveu, constantemente, momentos de tensão ao longo desta temporada. Não por acaso, o Sport, dentro de campo, caminhava da mesma forma no Brasileirão. A crise financeira do clube, que não honrava os passivos dos atletas foi um dos pilares principais para a turbulência política se estender.
Inclusive, na reta final do Brasileirão, os colegas de equipe de Hernane Brocador, o volante Jair, o zagueiro Marcão e o atacante Mateus Gonçalves, sequer tinham recebido salário desde que foram admitidos pelo Sport. Situação essa que, somada ao não recebimento de outros jogadores, levou o elenco rubro-negro a procurar o Sindicato dos Atletas Profissionais de Pernambuco para pedir ajuda financeira.
A falta de perspectiva, não obstante, interferiu no rendimento dos atletas dentro de campo, segundo Hernane. Porém, não é para o problema ser pautado agora. “É levantar a cabeça e ver o que vai acontecer. Esse ano no clube foi difícil. Tinha jogador preocupado porque começou a faltar coisa dentro de casa. Isso faz a diferença, porque jogador com preocupação não consegue ficar 100% em campo. A gente sabia que tínhamos que correr por nós. Não falamos em valores, mas foram muitos (em atraso). Mas não é hora de falar disso agora”, desabafou o camisa nove da Ilha do Retiro.
