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Mudanças e cobranças: o que Eduardo Baptista exigiu em primeiro treino na volta ao Sport

Técnico alterou equipe e fez pedidos em alto e bom som para todos ouvirem

postado em 16/08/2018 16:58 / atualizado em 16/08/2018 17:17

Williams Aguiar/Sport Club Recife
Após fazer a apresentação ao elenco, Eduardo Baptista apareceu no gramado de um dos campos do CT do Sport às 15h15 da tarde desta quinta-feira. Começava, de fato, o trabalho do técnico na volta ao clube. Foi uma movimentação de bastante cobrança e que pode ser entendida através das frases do treinador, que já reestreia no Leão às 16h do próximo sábado diante do Santos, na Vila Belmiro.

Focando inicialmente no posicionamento defensivo e depois na saída de bola, Eduardo Baptista promoveu mudanças na equipe titular desde o início. Em relação à última partida, sacou de cara o volante Fellipe Bastos e o atacante Rafael Marques para as entradas do atacante Rogério, aberto pelo lado esquerdo, e do meia Marlone, que ficou na ponta direita. Depois, mais alterações com Neto Moura e Hernane Brocador.

Confira abaixo os detalhes do trabalho a cada orientação do treinador.

Abraços e conversa com o grupo

Antes do aquecimento, o comandante iniciou a preparação da movimentação com os auxiliares técnicos Gustavo Bueno, que também retorna ao Leão junto a ele, e César Lucena. Com uma prancheta na mão, também conversou com o analista de desempenho Thiago Duarte. Pouco depois, os atletas começaram a aparecer no gramado. Na medida que entravam, alguns ganhavam cumprimentos. Foram os casos de Marlone e Neto Moura, com quem Eduardo Baptista já trabalhou no próprio Sport.

Em seguida, foi iniciado o aquecimento. Nesse momento, o treinador continuou conversando com o membros da comissão técnica até que começou a reunir os atletas para um conversa no centro do campo. Foram minutos cinco minutos.

A montagem do time

Na sequência, Eduardo Baptista dividiu o grupo em três e continuou a falar com os atletas titulares por mais seis minutos. A formação escolhida para a estreia foi: Magrão; Cláudio Winck, Ronaldo Alves, Ernando e Sander; Deivid, Ferreira, Marlone, Gabrirel e Rogério; Carlos Henrique.

Com isso, foram duas mudanças em relação à derrota para o São Paulo por 3 a 1, no último domingo, que gerou o pedido de demissão de Claudinei Oliveira. Saíram Rafael Marques e Fellipe Bastos para as entradas de Rogério e Marlone.

Já o time reserva ficou montado com: Mailson; Raul Prata, Léo Ortiz, Durval e Jean; Fellipe Bastos, Neto Moura, Morato, Michel Bastos e Rafael Marques; Hernane Brocador.

Ainda ficaram fora do trabalho tático treinando em outro campo: o zagueiro Adryelson, o lateral Evandro, o volante Nonoca, os meias Pablo Pardal e Andrigo além dos atacantes Mateus Gonçalves e Hygor.

“Se é pra chegar, chega”/ “Tem que ser reativo”

Foi umas das primeiras orientações do treinador na movimentação. Eduardo Baptista, em seu primeiro trabalho, mostrou clara preocupação com o sistema defensivo do Sport. O treinador montou a equipe em duas linhas de quatro e deixou, inicialmente, Carlos Henrique e Gabriel fora do momento sem a bola da equipe.

Para marcar, exigiu aproximação dos jogadores e saídas precisas para tentar roubar a bola. Em um desses momentos, Ferreira ensaiou um desarme, mas desistiu. Foi quando Baptista entrou em ação. “Se é para chegar, chega”, disse.

Ferreira, então, passou a receber mais instruções do técnico que ainda o cobrou para sair mais nos contra-ataques. Quando a bola era roubada, a exigência de Eduardo era repetida: “Sai! Sai! Tem que ser reativo!”.

Entrada de Neto Moura/ “Chega, p****!”

Na segunda parte do trabalho, Eduardo Baptista resolveu mudar. Sacou Ferreira e acionou Neto Moura. Nesse momento, Gabriel e Carlos Henrique também passaram a integrar a atividade. O treinador, no entanto, continuou preocupado com a marcação e cobrou em alto e bom som de Neto Moura.

Após uma jogada iniciada pelo lado esquerdo com Fellipe Bastos, a bola rodou pelo campo de pé em pé e provocou uma grande defesa de Magrão. Em seguida, Ferreira ainda chutou e acertou a trave. Eduardo Baptista parou o treino e reclamou em alto e bom som com Neto Moura. “Chega, p***! Chega!”, enquanto fazia o gesto de roubada de bola com o pé atrás do volante. “Faz a falta, p***! Tem que parar a jogada. Se for para fazer isso, jogo eu”, acrescentou.

Após uma breve volta da bola rolando, o treinador fez uma pausa para água e chegou junto a Neto Moura passando a mão na cabeça do jogador e falando em tom mais ameno: “Entendeu o que eu disse?”.

Terceira parte com Hernane Brocador

Na volta da atividade, mais uma mudança. Eduardo Baptista decidiu colocar o recém-chegado Hernane Brocador no posto de Carlos Henrique entre os titulares. Já no time reserva, houve uma alteração forçada com a entrada de Nonoca no lugar de Ferreira, que saiu do treino após uma pancada de Carlos Henrique no tornozelo esquerdo. O atleta será reavaliado. Nessa fase do treino, saiu o único gol da atividade com Carlos Henrique tirando de Magrão.

“Ataca espaço, capricha no passe e faz esse gol”

Na última parte do trabalho, Eduardo Baptista focou na saída de bola e mostrou detalhe por detalhe de como queria que o time trabalhasse a saída de bola. Assim, distribuiu cones no campo para delimitar onde cada jogador deveria se posicionar.

Em seguida, reservas e titulares se alternaram fazendo a movimentação exigida pelo técnico. Foi quando Eduardo Baptista pediu: “Ataca espaço, capricha no passe e faz esse gol.”

Os volantes, novamente, passaram a ter papel de destaque e tiveram que procurar na saída de bola o meia, o extremo o oposto e o centroavante.