Uma semana depois, Claudinei Oliveira voltou a dar uma entrevista coletiva. Não por opção própria. O treinador esclareceu que, após a goleada por 4 a 1 para o Flamengo, no último domingo, a diretoria do clube optou por retirá-lo do encontro com a imprensa. Além disso, esclareceu outro ponto que foi alterado na rotina do clube recentemente. Nas últimas quarta e quinta-feira, os treinos fechados também foram decididos pela cúpula rubro-negra. Por fim, voltou a comentar o caso de Everton Felipe e até apontou a preferência do jogador para se transferir.
Como não poderia ser diferente, o primeiro questionamento ao treinador, nesta sexta-feira, antes da última movimentação para o confronto contra a Chapecoense, às 19h do próximo domingo, foi em relação à movimentação diferente ao longo da semana após a última rodada. Sem mostrar qualquer tipo de incômodo, o técnico voltou com a mesma sinceridade de antes para esclarecer o caso.
“Depois do jogo, a diretoria achou que era o momento de se posicionar para dar um suporte, um apoio ao trabalho que vinha sendo feito. Foram quatro derrotas em sequência, praticamente uma coisa que não tinha acontecido na minha carreira. Então, quando cheguei no vestiário, o Klauss (Câmara) falou que não precisava ir e que iria para fincar o pé do meu lado. Eu jamais me recusaria a falar com vocês. Até porque eu não falo com vocês. Eu falo com o torcedor. Mas, a diretoria achou melhor dessa maneira e fico feliz com o apoio que me deu”, disse.
“Com relação aos treinos fechados, não foi uma decisão minha porque, se fosse, fecharia o treino de hoje (sexta). Eu vou definir aqui hoje (sexta). Não teria para que fechar a semana inteira e vocês poderem ver agora quem vai treinar. Foi uma decisão da direção. Na quarta-feira, foi estrategicamente porque houve um evento com a patrocinadora de material esportivo. Na quinta, não sei qual foi o motivo da decisão, mas foi passado que não teria imprensa. Se fosse decisão minha, teria falado normalmente como já falei que poderia fechar um treino ou outro. Não seria por causa de resultado até porque vocês não jogaram, não entraram em campo, e não têm culpa de a gente ter perdido. Não tem motivo para tirar vocês do trabalho do dia a dia. Quando a gente achar que tiver que tomar alguma atitude para preservar a escalação, a gente vai fazer”, garantiu.
Everton Felipe não treina
Claudinei Oliveira também avaliou o caso do meia Everton Felipe, que desperta interesse de São Paulo, Cruzeiro e Flamengo. Segundo o técnico, o jogador ficará treinando em separado até definir seu caso por um pedido do dele mesmo. O treinador ainda revelou uma preferência do atleta de 21 anos para mudar de endereço.
“A realidade é que é um jogador que tem condição de ser negociado e o clube precisa dessa receita. O atleta tem também vontade de sair para respirar novos ares e dar uma sequência na carreira. As opções são boas. Ao que me parece, pelo que a gente tem conversado, a primeira opção dele é ir para o São Paulo. Até pelo fato de Diego Souza estar lá. É um jogador que ele tem uma amizade maior e facilitaria a adaptação dele. Mas a proposta do São Paulo não é a melhor. Então, criou-se um impasse”, declarou.
“Não adianta a gente pegar essa escassez (de reforços) e escalar o Everton Felipe no próximo jogo. Se ele fizer o sétimo jogo, o clube esgota essa condição de ter essa receita. Vamos ter essa paciência. O Everton tem pedido para não treinar com bola até para evitar um risco de lesão. É esse conjunto de fatores que tem feito com que a gente não pense no aproveitamento de Everton a priori. Mas, se em algum momento a diretoria descartar o negócio com Everton, a gente inseri-lo no contexto e ele vai ser utilizado na medida do possível”, acrescentou.