Arnaldo vê movimento pelo seu impeachment como 'parte do jogo' e se diz tranquilo

A torcida leonina tem apontado erros de administração e fracassos como alguns dos principais motivos para a grande contestação do trabalho do presidente Arnaldo Barros. Ele apresentou, na noite dessa terça-feira, os dados do balanço financeiro de 2017 para conselheiros e associados. Números esses que foram aprovados. Além disso, foi comentado o fato de que sócios Rubro-negros reuníram mais de 500 assinaturas para convocar uma assembleia geral, visando pedir o impeachment do mandatário.

“É um direito do sócio. Eu entendo que isso faz parte do jogo, mas é um movimento político. Reflete os insatisfeitos que perderam a eleição e que, como não conseguiram no voto a conquista do poder, estão se arregimentando de maneira atravessada para tentar conquistar a presidência. Reconheço o direito deles de se manifestarem, agora, precisa seguir aquilo que está no estatuto do clube. Se por acaso seguir o estatuto do clube, não tem problema nenhum. Faz parte da convivência”, falou o presidente do Sport.

“Essa movimentação não é novidade. Já houve com Gustavo (Dubeaux), com (João Humberto) Martorelli. Só que agora temos alguns elementos novos, que é uma alternância do poder de 40 anos no clube, e que eu represento essa quebra. As redes sociais, em que as informações, sejam elas verdadeiras ou não, se difundem numa velocidade muito grande. E isso tudo oportuniza a criação desse ambiente acirrado que não é bom para o clube. Mas reconheço que faz parte da luta democrática. É essencial se respeitar o rito e se trabalhar com a verdade dos fatos. Com base nesses pressupostos, eu estou absolutamente tranquilo”, finalizou.

Após a reunião e apesar da aprovação dos números, lideranças do Sport questionaram a falta de detalhamento dos números apresentados. O presidente do conselho deliberativo Homero Lacerda, inclusive, pediu novos esclarecimentos em um prazo de 15 dias.

“A reunião foi quente como sempre, mas tem muito pouco espaço. O Conselho é quem decide. Como a maioria é do presidente, aprovou o balanço. Agora, continua a vigilância. Eu tenho 15 perguntas ao executivo e ele vai ter que responder nos próximos 15 dias. Aí ele vai dizer quantas são ações trabalhistas, como é contrato com a Rede Globo. Ele disse que não teve dinheiro pra pagar imposto e deve-se R$ 9 milhões porque não teve condição financeira. Não teve condição financeira? Então, por que contratou uma folha de R$ 3,5 milhões? Se não pode, contrata uma de R$ 2 milhões, R$ 1,5 milhão”, disse.