Como não poderia deixar de ser, os jogadores do Sport não pouparam críticas à arbitragem de Sandro Meira Ricci após o empate por 1 a 1 com o Vasco, nesta segunda-feira, na Ilha do Retiro. Presente no quadro da Fifa desde 2011, o árbitro expulsou o meia Diego Souza ainda no primeiro tempo, por reclamação, e no segundo marcou um pênalti e depois voltou atrás após consultar um dos seus assistentes. Lance que levou o zagueiro Ronaldo Alves a pensar em abandonar a partida - o jogador chutou a bola para a torcida em forma de protesto.
"Eu até gosto do Sandro, conheço de algumas oportunidades, mas infelizmente eles (árbitros) vieram aqui e atrapalharam o nosso trabalho. Começou com a expulsão do Diego. Depois foram marcando faltinhas que vão estressando os jogadores. A arbitragem do futebol brasileiro é um reflexo de quem comanda o país. Com a sujeira para debaixo do tapete. Pensei em sair do jogo em forma de protesto. Mas depois pensei no meu elenco, não poderia deixar o time na mão", revelou Ronaldo Alves. Na ocasião, o técnico Vanderlei Luxemburgo ainda tinha direito a uma substituição.
Ajuda externa
Já para o atacante André, que anotou o gol de empate dos rubro-negros, Meira Ricci teve influência externa para voltar atrás na decisão da penalidade. Algo que ainda não é permitido. O curioso é que após o Vasco perder para o Corinthians por 1 a 0, na rodada passada, com um gol de mão do atacante Jô, a CBF cogitou implantar o auxílio da arbitragem de vídeo nesta rodada do Brasileiro. Mas, sem ter o aparato técnico, desistiu da ideia.
"Não vi o lance, estava de costas. Mas o juiz deu. E o cara lá de baixo (assistentes) viu que não foi. Aí vão falar que não teve ajuda de fora? Não tem como. Aí fica complicado para a gente falar porque senão é punido. Mas eles fazem o que querem e ninguém faz nada", reclamou o atacante, que seguiu nas críticas, lembrando o polêmico gol de Jô contra o Vasco.
"Muitas pessoas falam que os jogadores de futebol têm que melhorar, mas esquecem de outras coisas que estão fazendo o futebol brasileiro chato, polêmico. Muita gente julgou o Jô porque ele não falou que fez o gol com a mão, mas ninguém falou do árbitro de linha que estava perto do lance e não disse nada. Ficamos à mercê. Eles fazem o que querem e ninguém pode falar nada", completou.