Lateral-esquerdo de origem, o chileno Mena experimentou desempenhar a função de ponta pela primeira vez em sua carreira sob o comando de Luxemburgo. Rendeu. Nas duas últimas partidas que foi acionado dessa forma, foram duas assistências e um gol nas vitórias por 3 a 0 e 2 a 0 sobre o Coritiba, pela Série A, e Arsenal de Sarandí, pela Sul-Americana. Na noite da quarta-feira na Ilha do Retiro, diante da Ponte Preta pelo mesmo torneio internacional, o cenário não foi diferente. Atuando mais ofensivo, o chileno cobrou o escanteio do qual originou o primeiro gol e ainda serviu Rithely para ampliar o placar aos 44 minutos de jogo, finalizado em 3 a 1 para o Leão.
Foram três boas vitórias com o Rubro-negro atuando nessa formação. Mas a receita não deve ser mantida como algo permanente. Após a partida, o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou em aberto a possibilidade de voltar a ter Mena desempenhando a função. "Posso voltar a fazer, porque é uma coisa que dá certo, como posso usar outras situações. Não quero uma coisa definitiva. É uma coisa que pode ser feita se houver necessidade."
O jogo com a Ponte Preta, por sua vez, pode ser visto como uma dessas situações em que a mudança era necessária. Segundo Luxemburgo, ter o chileno atuando na ponta esquerda do time rubro-negro aconteceu para anular o lateral-direito Nino Paraíba, dobrando a marcação naquela área do campo.
"A cada jogo é uma história. O lado direito deles é muito forte, aquele Nino Paraíba desce com uma velocidade e uma frequência muito grande. Eu tinha que neutralizar aquilo ali, então optei por neutralizar colocando o Mena, porque ele tem muito boa técnica também para começar o jogo. E o Sander tem uma marcação muito boa na linha de quatro. A opção pelo Mena foi dessa forma", explicou.