Aliviado com título, Luxemburgo divide mérito com técnicos antecessores no Sport

A final desta quarta-feira foi o único jogo de Vanderlei Luxemburgo no Campeonato Pernambucano. A vitória por 1 a 0 sobre o Salgueiro, no Cornélio de Barros, deu o título estadual ao Sport e tirou um peso das costas do treinador. Após a partida, ele confessou que sabia da pressão que viria caso ele deixasse a taça escapar. Aliviado, dividiu os méritos com seus antecessores, Daniel Paulista e Ney Franco.

"Para mim, foi um título importante. Se não ganhasse, a pergunta que eu ia ouvir aqui era 'Luxemburgo, e aí, você perdeu o título?'. Então foi importante por isso. Mas claro que temos que lembrar do Ney (Franco) e do Daniel (Paulista), que são merecedores também. Eu cheguei para completar, com a minha competência e experiência. Estão todos aqui de parabéns", afirmou Luxemburgo.

Foi inevitável para o treinador não comentar sobre a polêmica com Tarcísio da Buzina, impedido por uma ordem judicial de entrar no estádio com seu instrumento. No lugar disso, uma orquestra de frevo ficou atrásdo banco do Sport, tocando sem parar. Com o título, Luxemburgo usou o bom humor ao tratar do assunto. "Não estou preocupado com isso. Quase dancei com a orquestra no final", brincou, inicialmente, o treinador, falando sério em seguida. "Acho que isso é uma coisa feia para o futebol brasileiro. Um cara ali atrás do banco para não deixar o profissional trabalhar. Isso não ajuda em nada", acrescentou.

Sobre a vitória diante do Salgueiro, Luxemburgo ressaltou a postura do Sport e o conhecimento do time sobre o adversário. "A gente sabia tudo o que eles iam fazer. Estudamos bastante e jogamos de acordo com o campo. Se fôssemos para a técnica, seria ruim", comentou o treinador. "Foi um jogo duro, difícil. Falei na palestra para os jogadores que tudo aquilo que o time deles vinha fazendo na Série C era para ser esquecido, porque iam fazer o jogo da vida deles".