
O jogo da Ilha entre rubro-negros e salgueirenses terminou 1 a 1. Teve influência direta dos árbitros de vídeo, que auxiliaram na marcação de um pênalti convertido pelo Carcará no último minuto da partida. A decisão foi tomada depois de cerca de seis minutos de conversa. Reduzir esse tempo caso o recurso seja acionado é um dos objetivos da CBF.
"O tempo gasto naquela oportunidade não foi o ideal. Temos consciência disso. Temos que colocar na balança. É melhor gastar mais tempo com decisão consolidada. Mas temos que evoluir. Com certeza, evoluiremos porque câmeras terão nitidez melhor", disse o supervisor da arbitragem de vídeo na final, Manoel Serapião, que é ligado à CBF.
Segundo ele, os árbitros estão agora mais adaptados ao uso da tecnologia, que será novamente conduzida por Péricles Bassols. "Outra vantagem é que temos já um pouco mais de experiências. Bassols vai repetir a dose", pontuou. Ainda de acordo com Serapião, a torcida será mais facilmente convencida de possíveis marcações, já que desta vez os árbitros vão dispor apenas das imagens da televisão.
"Tecnicamente, a base do sistema é a mesma. A vantagem é que imagem transmitida para o público será a mesma que o árbitro de vídeo vai ver. Isso dá mais credibilidade e sintonia. A imagem é clara para um e para outro. Na vez passada, imagem não foi tão clara."
Interferência externa
Num estádio de dimensões reduzidas como o Cornélio de Barros, a torcida ficará mais próxima dos árbitros de vídeo, que ficarão numa cabine. Na Ilha, se instalaram em um trailer fora do estádio. Mas Serapião diz que providência para isolá-los de interferências externas estão sendo tomadas.
"Árbitro tem que estar preparado para estádios grandes e pequenos. A cabine de revisão vai ser privativa, vai ter segurança. Então, ele vai ter a segurança de ver a imagem sem se perturbar. Vai usar um headphone, que vai abafar a zoada externa."