Jogo equilibrado e decidido nos detalhes. Esse foi o jargão utilizado pelo técnico Ney Franco para explicar o empate por 1 a 1 entre Sport e Bahia no jogo de ida da final da Copa do Nordeste, na Ilha do Retiro. Principalmente para justificar o gol sofrido pelo Leão, marcado pelo volante Juninho, aos 11 minutos do segundo tempo. Um minuto após a única substituição feita pelo treinador rubro-negro, com a entrada do prata da casa Juninho na vaga de Everton Felipe. Para Ney Franco, não houve tempo para a sua equipe se rearrumar em campo.
“Como esperávamos foi um jogo muito difícil, contra um adversário que vive um bom momento e que, assim como nós, chegou à final por competência. No primeiro tempo, o jogo se encaminhou para ser definido nos detalhes. Quem errasse uma bola poderia sofrer o gol. E no detalhe tomamos o gol no segundo tempo. Assim que o Juninho entrou eles exploraram aquele lado. O jogador ainda estava frio e se ajustando em campo”, justificou Ney Franco.
O treinador também explicou porque essa foi a única alteração feita na partida. Algo que se torna ainda mais estranho devido ao cansaço do elenco pela maratona de jogos a que o Sport está passando. Para Ney Franco, não houve necessidade de uma nova mudança. Principalmente após o gol de empate.
“No momento em que eu iria colocar o Marquinhos (na vaga de Diego Souza) fizemos o gol e preferi segurar para ver como o time reagiria. O Bahia se fechou e conseguimos pressionar. Fiquei de olho na parte física”, explicou o comandante leonino, que acumulou mais um jogo sem vitórias a frente do Leão.
Agora, nas últimas nove partidas, o time soma apenas um triunfo, três empates e cinco derrotas. Retrospecto que aumenta a insatisfação da torcida, que durante o jogo chegou a xingar bastante o técnico. Pressão que, segundo Ney Franco, não lhe preocupa.
“Essa mesma torcida, se quarta-feira voltarmos com o título, vai aplaudir. Já estou acostumado com isso. Hoje havia uma expectativa muito grande. O torcedor queria ver o Sport ganhando de dois, três. Mas sabemos que futebol não é assim. Não tenho melindre ou frescura com isso. Me cabe apenas ter tranquilidade e voltar amanhã ao trabalho para remontar mais uma vez essa equipe para o jogo contra o Cruzeiro (domingo, pelo Brasileiro). Sem tempo para treinar. Com um jogo em cima do outro. Mas o torcedor não entende isso”, finalizou.