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Visual retrô e futebol moderno: Bigodudo Fabrício curte início arrasador no Sport

Em dois jogos como titular, prata da casa já virou febre entre torcedores

postado em 08/04/2017 11:20 / atualizado em 08/04/2017 11:23

Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Aos 18 anos, o jovem Fabrício ostenta com orgulho um bigode em homenagem ao pai que o faz parecer um jogador dos anos 60. Mas a atuação nos seus dois primeiros jogos na equipe principal, nas vitórias sobre Campinense e Danubio, mostram um futebol voltado para o futuro. Do volante de disciplina tática e qualidade com a bola nos pés. Responsável por um belíssimo gol de falta diante dos uruguaios. Seu primeiro como profissional e o primeiro do Sport nesse fundamento na temporada. Mudança de patamar ocorrida em apenas uma semana. A mais importante da vida da promessa rubro-negra.

"Foi a semana mais importante da minha vida. Vinha trabalhando muito aguardando a minha hora. E quando ela chegou eu soube aproveitar", destacou o jogador, natural de Arapiraca (AL), mas que está no clube desde os 13 anos, passando pelas categorias sub-15, sub-17 e sub-20 e que ainda hoje mora na concentração do clube. Algo que espera mudar em breve. Com contrato até o final do próximo ano, já foi chamado pela diretoria para uma renovação.

Apesar do visual retrô, Fabrício é um jovem como qualquer outro. Possui contas no Instagram e Facebook. Que também servem como um medidor do sucesso repentino. Em uma semana, afirmou ter ganho mais de dois mil seguidores. "A quantidade de curtidas também aumentou. As coisas melhoraram", brincou.

A marca registrada, porém, não muda. Segundo Fabrício, o bigode será um companheiro por toda a carreira. Assim como já fizeram outros nomes importantes do futebol brasileiro como Rivelino, Júnior, Toninho Cerezo e Valdir Bigode. O próprio Sport também teve um jogador que se encaixa nesse quesito. O meia Raul Betancor, ídolo do clube nos anos 50 e 60 e que ficou conhecido como o "Bigode que joga". Até hoje o meia com maior número de gols pelo clube (91).

Conselhos e metas

Na última sexta-feira, a conta do Sport no Instagram publicou uma série de fotos com torcedores que passaram a cultivar o bigode em homenagem ao prata da casa. "Já imaginou? É bem legal porque é a homenagem ao meu pai ampliada. Nunca vi ele sem o bigode. Então também nunca vou tirar o meu", afirmou, com bom humor o volante que por conta do visual também ganhou um novo apelido na concentração. Bem óbvio.

"Já me chamam de bigodinho. Pegou. Mas não me chamam mais de 'juvenil'. Já melhorou", sorri.

Brincadeiras à parte, Fabrício também ouve dos companheiros mais experientes de equipe conselhos. Entre eles, os do volante Rithely, um dos ídolos do prata da casa, assim como Renato Augusto, meia da seleção brasileira. "Procuro escutar sempre os caras. Dentro e fora de campo. Ainda não tive uma conversa com Rithely. Mas um dia vou pegar ele para me dar uns toques."

Porém, apesar do bom momento, Fabrício sabe que não pode vacilar e que ainda tem um longo caminho pela frente. Além do bigode, o desafio agora é também e manter a titularidade e começar o Campeonato Brasileiro na equipe. Confiança, no entanto, não falta ao prata da casa.

"Tenho que continuar trabalhando da mesma forma para superar as dificuldades que ainda irão acontecer. Minha meta e iniciar a Série A como titular. Para me tirar do time vai ser difícil", encerrou o bigode grosso da Ilha.