Apenas duas vezes na história do Campeonato Brasileiro, considerando-se a partir da edição de 1971, o goleador máximo foi de um clube do Nordeste. A última, em 1990, com o atacante Charles, do Bahia. A primeira, em 1973, com Ramón, pelo Santa Cruz. Ou seja, 43 anos depois, Grafite poderá repetir o feito.
Por sinal, essa não seria a primeira vez que o ídolo coral terminaria na liderança dos goleadores de uma competição nacional. Na temporada 2008-2009, o camisa 23 obteve o feito ao marcar 28 gols, com a camisa do Wolfsburg no Campeonato Alemão, quando também terminaria com o título. Situação bem diferente da atual, na qual o Santa Cruz já está rebaixado à Série B há três rodadas. Fato que, indiretamente, pode ser uma vantagem na corrida pela artilharia, já que os seus companheiros de time já afirmaram que vão jogar em função do atacante.
A dúvida
Reside, justamente, na sua presença em campo. Ontem, Grafite mais uma vez não participou do treino no gramado do Arruda. Mesmo assim, a expectativa é pela sua presença em campo contra o São Paulo. “Acredito que ele vai jogar. Até pela possibilidade de ser artilheiro. Até falei com ele. Imagina: seus filhos, seus netos, daqui a 40, 50 anos, vão poder dizer que o pai, o avô, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro”, defendeu o vice-presidente do clube, Constantino Júnior.
O meia Rubro-negro
Diego Souza, por sua vez, tem no currículo apenas a artilharia da Primeira Liga, torneio disputado pela primeira vez este ano, quando balançou as redes três vezes pelo Fluminense. Mesmo número do peruano Guerrero, do Flamengo. Na Série A, o atual desempenho já é o melhor do atleta em sua carreira, deixando para trás os 11 gols anotados pelo Vasco, em 2011.
Outra diferença para Grafite é que, ao contrário do tricolor, o camisa 87 leonino entra em campo também com objetivo coletivo no próximo domingo, já que o Sport precisa da vitória diante do também já rebaixado Figueirense para se manter na Série A em 2017, sem depender de um tropeço do Internacional frente o Fluminense, no Rio de Janeiro.
Prioridades
“Uma coisa está ligada à outra. Se eu for artilheiro da competição, o Sport provavelmente estará vencendo a partida e saindo dessa situação. Então que eu possa fazer os gols necessários. Mas a prioridade é a vitória, e se conseguirmos isso já estarei feliz”, analisou, motivado, o meia rubro-negro.
Grafite na Série A
31
Jogos
13
Gols
0,41
Média de gol por partida
Diego Souza na Série A
33
Jogos
13
Gols
Média de gol por partida
Artilheiros
14 Gols
Fred (Atlético-MG)*
13 Gols
Diego Souza (Sport)
Grafite (Santa Cruz)
Willian Pottker (Ponte Preta)
12 Gols
Robinho (Atlético-MG)*
Sassá (Botafogo)
Gabriel Jesus (Palmeiras)*
11 gols
Marinho (Vitória)
*Não jogam mais na temporada