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Aproveitamento vem sendo decisivo para permanência no time, sob a batuta de Oswaldo
Neste Campeonato Brasileiro, pelo menos quatro jogadores foram mantidos no time titular após aproveitarem as oportunidades dadas pelo treinador rubro-negro
postado em 19/08/2016 08:19 / atualizado em 19/08/2016 14:07
Com 18 anos de carreira, o técnico Oswaldo de Oliveira adota no Sport uma estratégia simples, mas que vem dando certo e sendo utilizada para motivar todo o elenco. Em seu time, é titular o jogador que sabe aproveitar as oportunidades nas partidas. Sem desmerecer os treinamentos, mas, do atual time titular, pelo menos quatro atletas "se escalaram" após aproveitarem as chances nos jogos. O último caso é o do volante Paulo Roberto.
Contratado junto ao Atlético-MG, o meio-campista ganhou uma chance de começar atuando no último sábado, contra o Flamengo, por conta da suspensão de Serginho, bastante contestado pela torcida. A boa atuação na vitória por 1 a 0 rendeu elogios públicos do treinador, que decidiu mantê-lo no time para o jogo deste sábado contra o Botafogo, em Juiz de Fora (MG). Assim, Serginho, titular em 36 partidas na atual temporada, perdeu a posição, indo para o banco de reservas. Outros casos semelhantes foram vistos nesta Série A. O primeiro deles, o do atacante Edmilson.
Contratado sob forte rejeição, o jogador foi utilizado pela primeira vez na quarta rodada, contra o Corinthians, na vaga do então criticado Vinícius Araújo. Apesar da derrota por 2 a 0, uma bola mandada no travessão paulista foi o suficiente para permanecer na equipe. Na rodada seguinte, no clássico contra o Santa Cruz, fez o gol da vitória por 1 a 0 se firmando no time. Porém, seguindo a mesma regra de rendimento, Oswaldo sacou Edmilson quando o centroavante passou por uma seca de gols. Retornou no sábado passado, com a lesão de Diego Souza e marcou o tento do triunfo por 1 a 0. Será mantido diante do Botafogo.
A regra de rendimento nos jogos é aplicada até quando o atleta não é da posição de origem. É o caso de Rodney Wallace. Utilizado como improvisação na lateral esquerda contra a Chapecoense, o costarriquenho foi o destaque da goleada por 5 a 1, com dois gols. No compromisso seguinte, uma nova boa atuação no empate sem gols com o São Paulo, no Morumbi, e Renê, titular da equipe há duas temporadas, perdia o posto.
O passado no clube também não pesou a favor nem quando o atleta em questão foi um dos maiores ídolos da história rubro-negra. Após passar três jogos ausente devido a uma suspensão e em seguida um estresse muscular, o zagueiro Durval encontrou a sua vaga, então intocável, preenchida por Ronaldo Alves. Com atuações seguras, o jogador se manteve no time, ao lado de Matheus Ferraz. Mesmo com a recuperação do xerife leonino.
"Foi uma questão de oportunidade. Não há um fator principal para esse bom momento da zaga. O Durval também é um grande jogador, mas o Ronaldo aproveitou bem a oportunidade. E nesse período a equipe cresceu e deu confiança para todos individualmente. Hoje o Oswaldo tem várias opções e quem ganha com isso é o Sport", afirmou Matheus Ferraz. Análise que, na regra de Oswaldo, vale para todas as posições.