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Defesas, futuro, Diego Souza, estrangeiros e jogos lesionado: Magrão comenta fase no Sport

Arqueiro revela ao Superesportes que jogou início da Série A machucado e só parou após ameaça de ruptura total do músculo; ídolo também fala da relação com Agenor

postado em 26/07/2016 08:30 / atualizado em 26/07/2016 08:37

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

ERWIN OLIVEIRA /FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Aos 39 anos, Magrão prova, mais uma vez, que está em forma. A atuação diante do Cruzeiro ainda repercute. Para o goleiro, aliás, ficou na memória. A imagem dele todo esticado evitando a finalização de Rafael Sóbis já está entre as mais difíceis de sua longa carreira. É também o retrato da recompensa de um atleta que se entrega ao máximo. O ídolo rubro-negro, que está muito perto de renovar por mais uma temporada, começou o Campeonato Brasileiro sentindo uma lesão no músculo adutor da coxa direita. Só saiu de combate quando teve a ameaça de ruptura total. Confira os detalhes dessa revelação e outras análises do goleiro em uma entrevista de 16 minutos ao Superesportes.

Defesa do jogo contra Cruzeiro
“Ficou entre as mais difíceis porque o grau de dificuldade foi muito grande. A bola estava com Rafael Sóbis. Tocaram e ele foi levando para a direita. Teve uma hora que eu não via mais a bola e nem ele. Tinham dois jogadores na minha frente. Quando ele deu o tapa para a direita, eu, praticamente, parei e fiquei em pé. Eu só vi depois quando a bola passou pelos nossos jogadores. Eu tive a reação de me jogar. Não estava em posição de defesa quando a bola passou. Tive que me esticar todo para poder fazer a defesa. Vai ficar guardado ainda mais porque a gente venceu. Durante esse campeonato, tem três jogos que eu considero ter feito boa participação. Foi contra Flamengo, Santos e esse. Mas, devido ao resultado que a gente perdeu contra Flamengo e Santos, a gente não dá uma ênfase maior. Esse foi mais marcante porque conseguimos vencer.”

Momento do time

“Na verdade, mesmo um pouco antes com a equipe perdendo, a gente via que estava no caminho certo, de crescimento. Eram pequenos detalhes que a gente estava perdendo. Agora, conseguimos vencer duas consecutivas. Primeiro, o Grêmio, que é um time que briga pelo título. Agora, o Cruzeiro. É uma equipe que está na zona de rebaixamento, mas isso não condiz com os jogadores que ali estão. Então, isso dá uma confiança, uma certeza muito grande de que estamos no caminho certo.”

Elogios do treinador

“Para mim é uma satisfação poder trabalhar com ele. É um treinador vencedor. Já conhecia de jogar contra e pelos trabalhos que fez. Tem vários títulos. Inclusive, Mundial e Brasileiro com o Corinthians. Sempre ouvia falar muito bem sobre a pessoa dele. Agora, realmente, posso ver de perto que tudo aquilo que as pessoas falavam é verdade. É uma pessoa honesta. Ouvir isso (elogios) dele dá uma motivação maior ainda para jogar.”

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Nova lesão
“Eu não estava querendo sair de jeito nenhum, mas, infelizmente, não tinha como. Pelo grau da lesão ser diferente (ano passado sofreu uma contusão no ombro), eu não fiquei tão preocupado. Sabia que dois ou três jogos, estaria de volta. Na verdade, já iniciei a competição sentindo um incômodo muito grande na minha perna. Daí desde o jogo contra o Corinthians (na 4ª rodada), a lesão começou a ficar mais forte. Chegou a um ponto que os médicos sugeriram para eu não continuar porque poderia dar ruptura total do músculo (adutor da coxa direita). Ele chegou a ser grau 2 para quase 3 (nível máximo), mas em grau 1 estava jogando ainda.”

Agenor

“Ele é uma pessoa supertranquila, na dele. Não é muito de conversar, mas a gente se fala normal. Brincamos, às vezes. A gente está se conhecendo agora. Só sabia dele de jogar contra. É um goleiro que veio porque tem qualidade. Tem uma base já. Foi formado no Internacional e fez um grande campeonato pelo Joinville. É um goleiro que tem um futuro em que pode ser um grande goleiro. Ele já é um bom goleiro, na verdade. Isso é até bom porque faz com que esteja bem para não dar mole.”

Diego Souza

“Diego Souza é um cara que quis voltar para o Sport. Isso já mostra que gosta do clube. Quando gosta, a tendência é dar certo. Ele vem fazendo um papel fundamental para o Sport. Está ajudando muito não só com gols, mas com jogadas individuais dele, com passes. A relação nossa é super boa. A gente tem uma amizade boa. Brinca bastante. É um cara super divertido. Na verdade, é o relacionamento dele com todos. Acho que todos gostam dele. É uma pessoa que, mesmo com tudo que alcançou e fez no futebol, é super-humilde. Não tem vaidade.”

Estrangeiros

“É difícil o cara de fora chegar e cair nas graças. Eu vejo até que é difícil para um cara que é do próprio país e pega uma região diferente. Futebol diferente, comida diferente, linguagem, adaptação. Requer tempo. A gente vive no meio em que é tudo imediatista. O brasileiro, principalmente no futebol, não tem paciência. São grandes jogadores. Vejo todos com potencial muito grande. Se a gente pegar o Lenis, ele iniciou muito bem. Depois deu uma caída e agora está voltando. Mostrou que tem qualidade. (Henríquez) Bocanegra chegou na incerteza, depois fez boas partidas e se machucou. Rodney Wallace está indo bem. O Mark tem qualidade técnica indiscutível. Falta um pouco de ritmo. Ele está voltando agora de lesão. Vejo que são bons jogadores. Falta tempo.”

Futuro e renovação

“Hoje, eu me vejo em condições normais de estar jogando mais um ano. Me vejo ainda em condições de poder ajudar. Então, cabe ao Sport. Se tiver interesse, a gente fica por mais um ano. Pelas partidas e treinamentos que venho realizando, não me vejo parado. Quando esse dia chegar, não vou esperar isso do time não. Vou ser o primeiro a dizer: ‘galera, chega! Não dá mais’. Do jeito que estou vendo, dá para queimar mais um pouco de lenha ainda.”

Projeto de Série A e Sul-Americana

“Se fosse duas semanas atrás, era preocupante. Hoje, a gente tem esperança melhor do futuro. Mas tem que ir passo a passo, como a gente colocou em nossa meta. Saímos da zona de rebaixamento e é se manter fora. Claro que a gente tem que pensar grande, mas tem que ver o momento. O momento é se firmar fora da zona. Daí é pensar um pouquinho mais adiante. A Sul-Americana, quando chegar no momento certo, a gente foca nela. Não adianta ficar pensando porque ainda não chegou. O foco é agora o próximo adversário. É o Atlético-PR.”

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