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Meia Diego Souza cai como uma uma luva no time do técnico Falcão, mas no lugar de quem?

Retornando ao Leão com status de ídolo do clube, meio-campista tem vaga garantida na equipe titular e abre espaço para uma disputa interna entre atletas meias

postado em 23/03/2016 11:48 / atualizado em 23/03/2016 12:11

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP
No Sport, Diego Souza já foi de tudo um pouco. Deus para uns. Para outros, diabo. Goleiro e atacante. Amado, questionado. Dividiu a imprensa, entre críticos e defensores. No fim, sobressaiu-se. Calou seus opositores. De volante, de meia, de ponta, fez valer o tão questionado "alto investimento". Acabou conquistando a torcida após 78 partidas e 21 gols marcados com a camisa rubro-negra - e muito mais do que isso, é verdade. Retorna ao clube três meses depois da curta passagem pelo Fluminense. Dessa vez, mais do que nunca, com status de ídolo.

Diego Souza chegou ao Sport pela primeira vez no dia 12 de agosto de 2014 e trouxe consigo um novo nível de patamar nas referências de contratação para o clube. Logo tornou-se uma referência rubro-negra dentro e fora do campo, onde muitas vezes deu a "cara para bater" a fim de defender suas cores - a exemplo das queixas contra a arbitragem e da histórica partida em que terminou como goleiro diante do Flamengo no Maracanã. "87 é nosso", cutucou o rival na ocasião.

Ricardo Fernandes/DP
Envergando na camisa o mesmo ano do título nacional do Sport nas costas, o meio-campista de 30 anos carregará novamente consigo o peso de ser o maestro do time. Sob os ombros de Diego, algo que parece mais leve jogando pelo Leão. Provado e também aprovado pelo técnico Falcão na reta final da última Série A, o meia chega para ser titular do time que ainda é carente de um meia-armador com suas características, mas que, ainda assim, vem em plena ascensão nos últimos jogos. E aí a pergunta: Diego Souza será titular, sim, mas no lugar de quem?

Os ameaçados

Serginho, Luiz Antônio e Gabriel Xavier, desde já, têm a titularidade sob ameaça. Utilizado mais à frente da cabeça de área, Luiz Antônio é, na teoria, o mais ameaçado. Embora tratado como uma peça de equilíbrio no esquema de Falcão, o atleta não apresenta um futebol que chega a encher os olhos ou ser indispensável, mas tem na eficiência dele o respaldo que precisa para seguir na equipe principal.

O problema (para o volante) é que sua saída faria o Sport poder reeditar um esquema espelho do que foi o time no fim da última Série A. O meio de campo passaria a ser composto por Rithely, Serginho (Wendel), Diego Souza, Gabriel Xavier (Marlone), Lenis (Élber) e Túlio ou Vinícius Araújo (André).

Já Gabriel Xavier faz hoje uma função parecida com a que Diego Souza já fez em outras oportunidades, atuando aberto pelas pontas. Posicionamento que, um dia, já foi tratado como o favorito de Diego Souza. Talvez, não seja mais. Embora em evolução, Gabriel teria que fazer ainda mais para provar que não é ele quem deve perder a vaga no time.

Na vaga de Serginho, Diego Souza faria também a função de meia armador. A diferença seria no posicionamento de Luiz Antônio que recuaria para jogar mais próximo ao volante Rithely. Esta mudança, porém, seria a menos provável, visto que Falcão já defendeu a titularidade de Serginho com afinco por inúmeras oportunidades. O certo mesmo é que, com a regularização consumada, o camisa 87 não tardará a voltar ao time do técnico Falcão.

Retrospecto

No ano passado, Diego Souza disputou 58 partidas pelo Sport, sendo 34 no Campeonato Brasileiro - em apenas duas não foi titular e por situação de desgaste. Só desfalcou o time em quatro rodadas na Série A. Foram 17 gols marcados no total (artilheiro da temporada), sendo nove deles na Série A, sendo o vice-artilheiro do clube na competição, atrás apenas de André, que balançou as redes 13 vezes.

De quebra, foi ainda o líder em assistências que resultaram em gols (10 ao todo) e o vice-artilheiro do time - nove gols. Traz consigo novamente, um elemento crucial para o marketing rubro-negro. Um reforço custeado sob um alto investimento e que, certamente, não veio para simplesmente ficar no banco.
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