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Entre o céu e o inferno, Túlio de Melo busca consagração no seu primeiro clássico pelo Sport

Vaiado e aplaudido, atacante tem no Clássico das Multidões uma espécie de divisor de águas

postado em 20/02/2016 13:00 / atualizado em 20/02/2016 14:11

João de Andrade Neto /Superesportes

Paulo Paiva/DP
Em pouco mais um mês no Sport, o atacante Túlio de Melo já conheceu os dois lados da moeda da passionalidade do futebol. Execrado pela torcida após o jogo contra o América, quando foi apontado como principal responsável pela derrota por 1 a 0 ao perder várias chances de gol, o centroavante conseguiu balançar as redes nas três partidas seguintes, nas vitórias frente Central, Botafogo-PB e Fortaleza. Nessa última, na volta à Ilha do Retiro, deixou o campo sob aplausos. 

Neste domingo, Túlio de Melo tem um novo encontro com a torcida. Dessa vez, contra o Santa Cruz, no jogo mais importante da temporada até o momento. O seu primeiro Clássico das Multidões. Jogo capaz fazer girar novamente a moeda, que separa heróis e vilões. Com todo o poder potencializador de um clássico.

Porém, se ainda busca agradar a torcida, Túlio de Melo conta com a total confiança do técnico Paulo Roberto Falcão. Ao ponto de ser a peça mais importante dentro da engrenagem do atual sistema de jogo rubro-negro, que funciona em função do camisa 99. Por conta disso, todos os seis gols marcados pelo Sport no ano saíram após cruzamentos na área, com o intuito de explorar os 1,93 metros do artilheiro do Leão na temporada, com três tentos.

"O Sport não tem nada de chuveirinho. Falar isso é um absurdo. Isso é quando o cruzamento vem de trás. No Sport, os cruzamentos são da linha da área para frente e isso não é chuveirinho. E se eu não trabalhar a bola alta para o Túlio, eu estarei trabalhando errado”, explicou o treinador leonino.

No entanto, assim como procurou não se abater com as críticas, o atacante rubro-negro, que curiosamente passou pelas categorias de base do Santa Cruz, também evita se empolgar com os elogios. Assim, para ele, o próximo jogo é sempre o que vale. "O futebol principalmente aqui no Brasil é muito passional. Então várias vezes falta um pouco de racionalidade para avaliar a performance dos jogadores. Mas também sei que aqui é assim, sempre foi e sempre será", resumiu.