Apesar de ver erro em pênalti, presidente da FPF volta a defender arbitragem "caseira"

O polêmico pênalti marcado a favor do Corinthians, que decretou a vitória sobre o Sport por 4 a 3, no Itaquerão, segue dando o que falar. Para o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira, errou ao anotar infração após a bola se chocar com o braço do volante Rithely dentro da área, no cruzamento do lateral Guilherme Arana. No entanto, o cartola, que assistiu ao jogo no estádio, voltou a defender a escalação de árbitros do mesmo estado da equipe mandante. Como no caso do jogo do Itaquerão, com o trio de arbitragem vinculado à Federação Paulista. Segundo Evandro, esse é um processo "irreversível" no futebol brasileiro.

"Eu acho que não foi pênalti. Foi bola na mão. Mas é um lance polêmico. A minha opinião é uma opinião de leigo. Já vi alguns analistas dizendo que não foi pênalti e outros, poucos, dizendo que foi. Recebi uma ligação dizendo que para o delegado da comissão nacional de arbitragem, que estava na partida, o lance foi pênalti. Na verdade, a Fifa tem que rever esses conceitos antigos e aceitar o uso da tecnologia em um lance como esse", opinou o mandatário da FPF.

Toda a polêmica, porém, não serviu para mudar a opinião do dirigente pernambucano com relação a escalação de árbitros "caseiros" nos jogos do Brasileiro. Nesta Série A, seis partidas foram dirigidas por juízes pertecentes ao estado de um dos times envolvidos. Porém, no jogo entre Corinthians e Sport, pela primeira vez todo o trio foi do estado do clube mandante.

"Esse é um processo irreversível. É um programa de qualificação e profissionalização da arbitragem. Temos que quebrar esse paradigma. Se o árbitro é corrupto, caseiro ou não é imparcial ele não serve para ser árbitro. Esse foi o sexto jogo com arbitragem local e até o final da Série A todos os clubes irão passar por isso. Se vai dar certo ou não, o futuro vai dizer", pontuou Evandro. 

"Não podemos ser hipócritas. Se não se coloca um árbitro para apitar determinado jogo é porque se tem medo de que esse árbitro não tem coragem ou vai puxar para o time da casa. E uma pessoa com esse perfil não serve para ser árbitro. Na minha opinião, o árbitro do jogo do Sport errou. Mas não por sentir pressão pelo fato dele ser de São Paulo. Não se discute a capacidade técnica dele, que vinha tendo uma atuação impecável. Até o lance do pênalti", finalizou Evandro.