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Líder, técnico analisa fase do Sport com humildade, mas admite: "Há espaço para evoluir"

Em entrevista ao Podcast 45 minutos, Baptista manteve discurso do "jogo a jogo"

postado em 22/06/2015 14:30 / atualizado em 22/06/2015 14:30

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Joao Velozo/ ESp. DP/ D. A Press
Pela primeira vez desde que a Série A passou a ser disputada pelos moldes de pontos corridos, o Sport assumiu a liderança da competição de maneira isolada – antes, havia chegado à ponta da tabela nesta mesma edição do campeonato, mas com pontuação igual a de outros clubes, na 1ª e 3ª rodada. Com 18 pontos, vem mantendo uma surpreendente regularidade, com direito à invencibilidade e a ser a única dentre todas as equipes a figurar no G4 durante todas as rodadas disputadas até aqui.

Com o time em alta, o técnico Eduardo Baptista tem figurado como destaque na campanha rubro-negra aparecendo nos principais sites nacionais e tendo o nome como alvo de debate nas mesas redondas de futebol Brasil afora. Com a serenidade de sempre, o treinador concedeu uma entrevista exclusiva para a edição de número #145 do Podcast 45 minutos, do Diario de Pernambuco.

Confiante, porém mantendo o discurso "pés no chão", Eduardo Baptista afirmou que o Leão ainda tem espaço para evoluir – principalmente no setor ofensivo, como ele mesmo destacou. Mas destacou a convicção no trabalho e na estratégia de encarar cada partida como uma decisão, com humildade e evitando longas projeções, para se manter na parte de cima da tabela. Abaixo, um trecho da entrevista e o link para que o áudio seja ouvido na íntegra.

O que essa liderança pode mudar no dia a dia do Sport?
Não pode mudar nada. Ela é o resultado de um trabalho, a gente fica satisfeito, mas nada pode mudar. É a mesma simplicidade, a mesma humildade, o mesmo trato com os atletas, o mesmo respeito, o mesmo volume trabalho... Vejo agora até um pouco mais. Os adversários, agora no caso a Chapecoense, vão enfrentar o líder e isso os motiva ainda mais. Então, a palavra de ordem na reapresentação é pés no chão e fazer o que vem fazendo, pois isso nos levou momentaneamente à liderança Serie A, que é algo tão difícil. Às vezes, se fala 'líder da Série A', mas vivemos futebol há muito tempo e com as dificuldades que o Sport enfrenta, ser líder na oitava rodada tem uma representatividade grande.

O que poderia atrapalhar de repente o caminho do Sport?
A gente se policia. A nossa comissão técnica é muito disciplinada, tem profissionais altamente gabaritados, mas vários fatores podem nos atrapalhar. Ano passado, em um momento que talvez não sido tão bom como o de hoje, mas muito próximo, sofremos com muitas lesões e perdemos algumas peças e isso nos atrapalhou. Hoje, temos uma equipe de fisiologia atenta para que isso não se repita. Temos a conversa no dia a dia para não deixar empolgação chegar. Lógico que temos um time altamente concentrado, focado e não é nem preocupação minha, mas em um momento como esse tem que se conversar, estar junto e não achar que chegamos até aqui com facilidade. Faço questão de lembrar toda a trilha para chegar até aqui. E o restante é trabalho e tentar conseguir os resultados, fazendo de cada jogo uma decisão. O que eu falo para a imprensa é a mesma coisa que falo nos vestiários: é fazer de cada jogo uma decisão e ir pontuando e ficando lá em cima.

O Sport pode evoluir mais?
Oscilações acontecem. Fazer os 38 jogos com a mesma intensidade é difícil e logo a gente começa a jogar quarta e domingo de novo e perde um ou outro por cartão, lesão... E as oscilações acontecem. Mas vejo ainda espaço para evolução, sim. O André e o Marlone ainda precisam ganhar ritmo e ainda temos o Hernane, que deve esta semana ter condições de jogo. Ainda temos peças de qualidade para ganhar corpo e evoluir. Vejo espaço para evolução principalmente na parte ofensiva, do meio para frente.