Artilheiro, goleiro e provocador, Diego Souza alfineta o Flamengo após gol: "87 é nosso"

Não adianta. Todas as vezes que o Sport entra em campo para encarar o Flamengo, a polêmica em torno do título de 1987 ganha um novo capítulo. Desta vez, no entanto, o protagonismo deixou a peleja dos torcedores para entrar no gramado do Maracanã. O foco esteve em Diego Souza. Referência do Leão da Ilha, ele enverga o número 87 nas costas em uma clara alusão ao título desta edição do Nacional, que ainda é requisitado pelo time carioca. Aos 46 minutos do primeiro tempo, ele partiu para cobrar um pênalti, acertou o ângulo direito de Paulo Victor e partiu para comemorar. Com a mão direita, apontou para o número discretamente.

Ainda no intervalo da partida, contudo, Diego Souza resolveu ser mais enfático. Entrevistado na beira do gramado, ele apimentou a polêmica. “Foi para a torcida, que vibra bastante, que nos incentiva, que cobra. E que existe essa rivalidade de 87... E 87 é nosso”, afirmou o jogador, em tom de provocação. No fim do jogo, curiosamente, o atleta continuou ganhando cartaz na partida. Após o goleiro Magrão se machucar, ele foi para a meta rubro-negra. Sofreu o segundo gol do Flamengo em um chute quase indefensável de Ewerton, mas ainda fez duas defesas. Uma delas bloqueou uma assistência que poderia decretar a virada no placar para os donos da casa.

Já no fim do confronto, vestindo a camisa de número 1, o atleta ainda disparou contra a postura dos jogadores Flamengo. No segundo tempo da partida, quando ainda estava perdendo, os cariocas não devolveram uma bola para o Sport, que atirou a redonda para fora enquanto um jogador esteve caído em campo. O caso revoltou o atleta. “A bola saiu e eles não devolveram. Não tiveram fair play. Tudo bem. Parabéns para o Flamengo. Eles vão jogar lá (no Recife)”, afirmou, visivelmente irritado.

Destaque nos dois jogos que o Sport disputou nesta Série A, Diego Souza já anotou o seu terceiro gol no Campeonato Brasileiro. Curiosamente, todos foram de pênalti com um estilo diferente de cobrança. Se for somado a partida contra a Chapecoense, pela Copa do Brasil, foram cinco penalidades convertidas em três partidas seguidas. Os números na Série A, vale ressaltar, dão a artilharia momentânea da competição ao meia-atacante.

Disputa de 1987 na justiça
A decisão sobre o título do Campeonato Brasileiro de 1987 está mais uma vez na esfera judicial. A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal e está próxima de um desfecho. O ministro Marco Aurélio Mello, que curiosamente é flamenguista, recebeu a papelada do caso em seu gabinete e deve se posicionar em breve.