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'Mães seguranças' aprovaram iniciativa e gostaram de estar perto dos filhos na Arena PE

Sport criou ação com mães de torcedores, com o intuito de coibir a violência

postado em 09/02/2015 18:30 / atualizado em 09/02/2015 22:26

Ana Paula Santos /Diario de Pernambuco

Sport / Divulgação
A dona de casa Roseli Xavier de Araújo saiu de sua residência, no bairro do Pacheco, no último domingo, dizendo que tinha um importante compromisso. Não especificou o que era, principalmente, para o filho, o torcedor do Sport Pool Anderson (o primeiro nome é uma homenagem do pai ao beatle Paul McCartney). Pretendia fazer uma surpresa ao primogênito, de 25 anos. E eis que antes da bola rolar para o Clássico dos clássicos - entre Sport e Náutico - ela surge na arquibancada como segurança. De colete reluzente, Roseli e outras 32 mães, com filhos torcedores de Náutico e Sport, foram as protagonistas de uma ação - do Sport e a agência Ogilvy Brasil - para coibir a violência nos estádios.

 

 
"Ele ficou admirado e muito feliz. Ficou muito surpreso quando me viu porque não avisei que estaria na Arena. Ganhei muitos beijos", relata Roseli, que passou por um pequeno treinamento antes de agir como uma 'mãe segurança'. "Chegamos cedo na Arena e conversamos com policiais. E ainda fomos filmadas durante o tempo que passamos lá. Já fui a várias jogos com ele, mas nunca havia estado na Arena Pernambuco", acrescenta.

A dona de casa explica ainda que seu maior temor é quando o filho vai aos estádios sem sua companhia ou a do marido. "Fico preocupada. Só fico sossegada quando eu ou meu marido estamos juntos", contou.

A doméstica Cristiane Santos, mãe do também rubro-negro Jonatas Santos da Silva, de 22 anos, se limitava a acompanhar os jogos do Sport pela televisão. Nunca quis se arriscar nessa onda de violência que assola as arquibancadas brasileiras. "Sempre tive vontade de ir, mas quando via as brigas desistia. E até hoje fico preocupada quando Jonatas vai para o jogo do Sport. Fico ligando para saber se já está dentro do ônibus ou entrou no estádio. Só fico sossegada quando ele chega em casa, inteirinho", explicou Cristiane, residente do bairro da Estância.

Como 'mãe segurança', Cristiane teve a oportunidade de conhecer a sala de monitoramente da Arena. "É tudo novo e tem imagens de todos os lugares da Arena. Conversamos também com os policiais que nos ensinaram a abordar a torcida. Pedir, com gentileza, que retirem os pés da cadeira. Gostei muito de fazer parte desse trabalho. E vamos divulgar essas boas ações", completou Cristiane, mãe de outros dois torcedores do Leão.