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Passado, presente e futuro: Conheça o Nacional, rival do Sport na Taça Ariano Suassuna
Campeão uruguaio em 2014, Decano vem acelerado e será teste duro para o Leão
postado em 20/01/2015 12:38 / atualizado em 21/01/2015 09:35
Para a torcida do Sport, o clima do amistoso, às 18h30 deste sábado, contra o Nacional pode ser festivo. Nada mais do que um jogo que servirá para apresentar os reforços contratados neste início de ano. Mas quem estiver esperando um refresco pode se surpreender quando o Tricolor uruguaio adentrar a cancha da Arena Pernambuco. Afinal, o adversário do Leão não vem ao Recife para brincadeira: é um time experiente, que vem de resultados consistentes e se prepara para uma temporada de grandes desafios.
História
O Nacional é o primeiro clube de futebol da América Latina a aceitar jogadores negros, e o mais antigo do Uruguai. Por isso, é chamado de Decano. Ao longo de sua história, soma 44 títulos nacionais e três Libertadores. Todas as vezes em que conquistou a América, conquistou também o mundo - são três títulos intercontinentais. Cedeu jogadores às seleções celestes que foram campeãs mundiais em 1930 e 1950. Um verdadeiro gigante do continente, que chega ao Recife não só com o lastro de seu rico passado, mas também respaldado por um 2014 fantástico.
2014
O chamado Rey de Copas fez uma campanha praticamente irretocável no último torneio Apertura, que ocorreu no segundo semestre do ano passado: foi campeão com 14 vitórias em 15 jogos, sofrendo apenas uma derrota. Um aproveitamento de mais de 93%, com 34 gols marcados e apenas sete sofridos, que garantiu ao Tricolor a taça e uma vaga na etapa preliminar da próxima edição da Libertadores, quando enfrentará o Palestino, do Chile, por um lugar na fase de grupos.
Elenco
O perfil do atual elenco do Nacional segue a proposta de uma mescla entre juventude e experiência. O clube é o maior campeão dos torneios de base do Uruguai, e suas academias de formação estão entre as melhores do país - uma cantera "inesgotável", como chamam, se gabando, os torcedores. Por isso, no elenco principal, sempre há espaço para alguns jogadores jovens. Mas a espinha dorsal do time titular é formada por atletas mais experientes, vários deles com passagens pela seleção uruguaia. Os nomes mais conhecidos são os do goleiro Gustavo Munúa (36), Ignacio Gonzalez (32), Iván Alonso (35) e Álvaro Recoba (38), que também tiveram passagens pelo futebol europeu.
Em comum, o passado…
Um dos ídolos mais queridos pela torcida bolsilluda é também um personagem importante na história do Sport. Ninguém menos que Haílton Corrêa de Arruda, o célebre Manga. O goleiro, que passou os quatro primeiros anos de sua carreira na Ilha do Retiro, também teve uma passagem extremamente marcante pelo Nacional. Ele chegou ao Decano após nove temporadas com a camisa do Botafogo, e escreveu seu nome na história tricolor sendo personagem decisivo na conquista de quatro títulos nacionais, além da Libertadores e do Mundial de Clubes de 71. Não bastassem as taças, Manga também ficou conhecido pelos uruguaios como invencível nos clássicos contra o Peñarol, chegando a ficar dezesseis partidas sem derrota.
… e o futuro
As afinidades entre Sport e Nacional não se limitam somente ao carinho pelo goleiro que brilhou com as duas camisas. Ambos se parecem também no que diz respeito aos seus sonhos e pretensões. Assim como o Leão, o Decano também planeja transformar o Gran Parque Central, estádio cujo usufruto foi cedido ao clube no ano de 1900, em uma moderna arena. A nova casa, que respeitará os padrões da FIFA, terá capacidade para 40 mil torcedores, graças à construção de um anel superior, e estará apto a receber eventos diversos. Quando estiver pronto, o novo estádio se tornará o mais qualificado do país, superando o mítico Centenário.