Eduardo Baptista aproveita pausa e elogia profissionalismo do elenco rubro-negro

Se até junho o problema era o aperto do calendário, não é mais. Quando o futebol brasileiro parou para a realização da Copa do Mundo, o Sport teve a oportunidade de dar folga ao seu elenco, que vinha num ritmo acelerado após as conquistas do Pernambucano e da Copa do Nordeste. E há duas semanas, o grupo voltou à ativa, em uma intertemporada que visa o recondicionamento físico e técnico para o restante do ano.

“Quando eu assumi aqui, nós não tínhamos tempo”, afirmou Eduardo Baptista, em entrevista coletiva nesta terça-feira. “Nós jogamos duas vezes em praticamente todas as semanas, e por isso, quase não tivemos tempo nenhum para trabalhar. Agora, tivemos quatro semanas boas, que estamos tentando aproveitar da melhor maneira, testando algumas coisas, algumas variações táticas, além de termos voltado forte com a parte física, para chegar ao nível do primeiro semestre”, contou.

O técnico rubro-negro fez sua análise das últimas semanas de treinamento. E foi muito generoso nas palavras sobre o comprometimento do grupo, acrescentando que desistiu de deixar os atletas em esquema de concentração em virtude desse empenho demonstrado. “O pessoal voltou bem. Tivemos um tempo muito bom em Gravatá, tanto é que a gente ia fazer uma semana fechada aqui, mas resolvemos abrir, para eles relaxarem um pouco com suas famílias, porque houve uma doação incrível e o grupo tem sido extremamente profissional”, revelou.

De olho no meio-campo
Em relação à principal carência do time, no setor de criação, Eduardo declarou que vai aproveitar o fato de ainda não ter recebido reforços para observar os atletas que já tem à disposição. “Eu ganho tempo para observar o Zé Mário, o Renan, e ainda tenho aí mais quinze dias para trabalhar. Mas se o Régis chegar, ou algum outro, terá tempo de treinar, se ambientar e jogar dia 16”, pontuou.

Sobre o ex-alvirrubro, que teve boa participação no treinamento da tarde desta terça, com boas tentativas de passe em profundidade, o comandante confirmou que não pretende usá-lo em outra posição que não seja o meio-campo. E exaltou suas qualidades. “O Zé Mário jogou de meia no Náutico, foi o melhor meia do Pernambucano. Eu não consigo enxergar ele como volante, porque ele tem uma qualidade de passe, e com a dificuldade que tem o futebol brasileiro, eu preciso arrumar um espaço mais à frente para ele. No jogo passado ele atuou como meia mais centralizado, criou boas chances, e é um menino que está se mostrando muito bem, inclusive com uma evolução física muito boa”, finalizou.