No lado catarinense, o começo meteórico foi reflexo do grande primeiro semestre. Além de eliminar Sport, Remo e Brasil-RS na Copa do Brasil, o Brusque foi vice no Estadual. No primeiro turno, o time foi soberano, com mais de 80% de aproveitamento, mas, no segundo, em queda, o Quadricolor foi o segundo pior time da Terceirona, com apenas sete pontos.
A última vitória do rival coral foi em 18 de outubro, frente ao rebaixado São Bento. Na sequência de sete jogos sem vencer, houve até um sonoro 8 a 1 para o Volta Redonda na 17ª rodada. Nos últimos seis jogos, foram apenas dois pontos ganhos e 19 gols sofridos.
Nisso, o time que era incontestável, se tornou incógnita. A campanha que se desenhava como a melhor da Série C terminou em uma série de falhas, situação similar à do Santa Cruz, que precisava de apenas uma vitória nos últimos três jogos para ter a melhor campanha da história, mas perdeu para Manaus e Jacuipense e empatou com o Ferroviário.
A diferença entre os dois cenários é o momento que a má fase chegou. Se a do Santa, depois do time garantir a primeira colocação antecipada na chave, pode ser explicada por um relaxamento do time pela vaga antecipada; a do Brusque aconteceu no momento mais importante no campeonato, empurrando a definição da classificação catarinense até a última rodada, quando o time ainda teve que contar com um tropeço do Tombense.
Assim, cada um à sua maneira, Brusque e Santa Cruz chegam em baixa e precisando recuperar o bom futebol de outrora, mas isso não é algo que preocupa ou dá nova confiança ao treinador Marcelo Martelotte, que pregou equilíbrio entre os dois times.
"Essa nova fase começa do zero, eu acho que vale também para essa retrospectiva do Brusque. É outro campeonato, todo mundo passou por altos e baixos, um mais e outros menos. Mas o que a gente precisa entender é que, quem classificou, é porque teve qualidade para isso e é para isso que a gente tem que estar preparado”, disse o treinador.