No Santa Cruz, um problema que vem se mostrando recorrente neste pós-parada: o baixo poder de fogo do ataque. Até agora, desde o retorno das competições, em sete jogos, quatro gols foram marcados.
Em apenas uma oportunidade o Tricolor balançou as redes adversárias mais de uma vez. A ocasião foi o clássico contra o Sport, no retorno do Campeonato Pernambucano, vencido por 2 a 1 pelos corais na Ilha do Retiro.
Dali em diante, apesar de ter vencido o River-PI pelo placar placar mínimo, o Santa Cruz empatou todos os cinco jogos restantes - quatro deles terminaram em 0 a 0 e um em 1 a 1.
Questionado sobre o que seria a causa deste cenário na coletiva de imprensa desta segunda-feira, o técnico Itamar Schülle, apesar de fazer algumas ponderações, reconheceu a atual baixa produtividade do ataque tricolor. E mesmo ressaltando a criação de jogadas do time, o comandante do Santa Cruz admitiu que vem faltando tranquilidade ao homens de frente na hora de decidir.
“Criar chance nós criamos, mas na hora de finalizar, falta a tranquilidade de fazer o gol. A bola bate na trave. Nós criamos as oportunidades, mas falta essa última parte. Claro que ninguém, hoje, vai criar 20 chances em cima de um clube, porque o futebol é muito equilibrado, de muita marcação”, declarou.
Além disso, Itamar Scülle voltou a bater na tecla das contratações, pedindo nomes “maduros” e com “perfis para serem titulares do Santa Cruz”. A Cobra Coral, em contrapartida, durante o período anterior à paralisação do futebol e agora no retorno das competições, trouxe duas novas peças: o jovem Kleiton e o paraguaio Derlis Alegre.
“Eu não vou me estender muito mais no assunto, mas nós também carecemos de atletas com esse perfil, maduros, atletas com altura da camisa do Santa Cruz para ajudar o excelente elenco que nós temos, mas que precisa de reforços/jogadores com qualidade técnica e não apostas. Porque quando aparecer a chance eles decidam os gols e a gente vença. Isso também é necessário”, concluiu.