
A “invasão” de torcedores do Santa Cruz no estádio Amigão teve dois motivos. O primeiro, é que a Copa do Nordeste era um título que faltava ao clube. O segundo, era a excelente fase vivida pelo time naquele momento, que também estava na final do Campeonato Pernambucano e decidiria o título contra o Sport, na Ilha do Retiro, uma semana depois (acabaria levantando a taça).
A torcida do Santa Cruz esgotou em menos de uma hora os dois mil ingressos que a diretoria do Campinense havia mandado para o Arruda. Teve quem dormisse na fila de madrugada para não ficar de fora da decisão. Mas àquela altura, diante da quantidade de gente que estava se mobilizando para ir a Campina Grande em caravanas, ou o time paraibano cedia mais bilhetes para os tricolores, ou poderia haver confusão do lado de fora do estádio. O Campinense destinou mais quatro mil ingressos para os corais. Todos vendidos.
Seis mil vozes
Os seis mil tricolores presentes na decisão viram um primeiro tempo em que o Campinense tinha mais posse de bola, mas chegava pouco à meta de Tiago Cardoso. O time pernambucano tinha a vantagem do empate por ter vencido o jogo de ida, no Arruda, por 2 a 1. E parecia controlar o jogo com sua proposta de permitir o avanço do adversário para tentar encaixar um contra-ataque. Até que veio o segundo tempo.
Nos últimos 45 minutos, o inevitável aconteceu. O Campinense partiu para cima e começou a pressionar o Santa Cruz. Aos 25, quando Rodrigão abriu o placar para o Rubro-negro paraibano, os papéis se inverteram. Por causa do gol marcado fora de casa, a taça estava ficando em Campina Grande. E aí o Tricolor precisou se atirar ao ataque.
Foram “apenas” oito minutos de angústia. Aos 33, Keno fez uma jogada pela esquerda que deu início ao gol histórico. O cruzamento na área encontrou Arthur. E o atacante coral fez o gol do título.
FICHA TÉCNICA
Campinense-PB 1
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Fernando Pires, Magno, Raul (Filipe Ramon) e Roger Gaúcho (Adalgísio Pitbull); Jussimar (Tiago Pedra) e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Fernando Pires, Magno, Raul (Filipe Ramon) e Roger Gaúcho (Adalgísio Pitbull); Jussimar (Tiago Pedra) e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor (Bruno Moraes), Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Leandrinho (João Paulo), Lelê (Wellington Cézar), Keno e Arthur; Grafite. Técnico: Milton Mendes.
Local: Estádio Amigão (Campina Grande-PB). Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA). Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA). Gols: Rodrigão (25’ do 2T, Campinense); Arthur (33’ do 2T, Arthur). Cartões amarelos: Arthur e Tiago Cardoso (Santa Cruz).
Curiosidades



A Trajetória
Fase de grupos
14/02/2016
Santa Cruz 0 x 1 Bahia
17/2/2016
Confiança 0 x 2 Santa Cruz
24/2/2016
Santa Cruz 1 x 1 Juazeirense
2/3/2016
Juazeirense 0 x 1 Santa Cruz
8/3/2016
Santa Cruz 3 x 1 Confiança
23/3/2016
Bahia 1 x 0 Santa Cruz
Quartas de final
30/3/2016
Santa Cruz 2 x 1 Ceará
3/4/2016
Ceará 0 x 1 Santa Cruz
Semifinal
13/4/2016
Santa Cruz 2 x 2 Bahia
17/4/2016
Bahia 0 x 1 Santa Cruz
Final
26/4/2016
Santa Cruz 2 x 1 Campinense
1º/5/2016
Campinense 1 x 1 Santa Cruz