De criticado pela torcida à salvador da pátria. Essa é a trajetória de Jeremias no Santa Cruz. Antes da paralisação do futebol por conta da pandemia de covid-19, o meia, nos últimos dois jogos da Cobra Coral, balançou as redes três vezes e deu uma assistência. Sendo destaque em um dos duelos que, inclusive, foi uma ‘decisão’ para o Tricolor na Copa do Nordeste, contra o Botafogo-PB, no Arruda.
Colhendo hoje os frutos de ter dado a volta por cima no clube coral, Jeremias credita o que diz ser a melhor fase da carreira a uma pessoa em especial: o técnico Itamar Schülle.
“O Itamar sempre me incentivou, me cobrou também. Nunca disse para eu baixar a cabeça. Ele é um treinador que se dá bem com todos os jogadores e pega no pé quando é necessário. E isso é muito bom para o nosso crescimento enquanto atleta, de querer melhorar e dar seu melhor dentro de campo. As últimas partidas que eu fiz, com dois gols e uma assistência mostraram o apoio que ele me deu”, enalteceu.
Jeremias chegou no Santa Cruz em 2017, mas ganhou uma oportunidade efetiva como profissional no ano seguinte, quando fez 17 partidas e marcou três gols. Com 14 duelos disputados este ano, o meia de 23 anos já igualou sua melhor marca no Tricolor.
Mas nem sempre foi assim. Em 2019, com o time sendo comandado pelo então técnico Milton Mendes no decorrer da Série C, o meia foi alçado para disputar o sub-23 pelo Brasileiro de Aspirantes. Jogou apenas uma partida. Em seguida, também no mesmo final, Jeremias foi emprestado ao Retrô para disputar a Série A2 do Estadual. Só neste início de ano é que o meia retornou ao Arruda e ganhou uma nova chance com o técnico Itamar Schülle.