"Nosso prejuízo está estimado entre R$ 700 mil a R$ 1,5 milhão. Não sabemos precisar o número exato por conta de variáveis de aumento de bilheteria e sócios por conta de uma semifinal do Campeonato Pernambucano e uma disputa possível de quartas de final da Copa do Nordeste, que se jogaria agora em abril. Ou seja, são jogos de grande apelo, de movimentação que, certamente, dariam um bom incremento nos cofres do clube", explicou o dirigente.
Além disso, o diretor do núcleo gestor tricolor revelou que o Santa Cruz já estava encaminhado, faltando apenas detalhes, para fechar um patrocínio de grande porte com uma cervejaria. Uma nova possibilidade de incremento de receita, portanto. Porém, o acordo foi deixado em 'stand-by' devido à pandemia do coronavírus.
Histórico
No que pesa a diminuição drástica de receitas no Santa Cruz, três fatores estão em jogo: queda no número de sócios, redução no valor de alguns contratos de empresas patrocinadores do clube e, claro, a não movimentação de bilheteria pela falta de jogos. Sem contar, por exemplo, alguns repasses financeiros que não foram efetuados integralmente, como a cota de participação da Copa do Nordeste, cujo pagamento de R$1,7 milhão cabe ao Tricolor do Arruda por disputar a primeira fase da competição.
Quanto ao patrocínio, alguns deles, como Ilumi e JBS, reduziram o valor dos seus contratos em 50% pelos próximos três meses. Ao final deste período, as empresas compensarão os descontos até dezembro, de modo a não prejudicar o montante geral a ser recebido. Com os demais colaboradores, o Santa Cruz conseguiu manter o valor integral do pagamento, como é o caso da Krona, a patrocinadora master Estadium e a fornecedora de alimentos Kicaldo.
Outro setor grandemente afetado com a paralisação do futebol foi o banco de ativos do Santa Cruz. Há algumas semanas, a reportagem do DP Esportes, em contato com o vice presidente de marketing do clube, informou que a Cobra Coral havia perdido cerca de R$ 100 mil líquidos com a desligamento de pouco mais de dois mil sócios-torcedores do quadro de adimplentes.
Antes da paralisação do futebol, o Santa Cruz havia chegado a uma marca de 5 mil sócios, entre titulares e dependentes. Hoje, este número é de pouco mais de 3 mil.