Apesar de ter tido uma passagem modesta no seu ex-clube mais recente, o São Bento, que terminou rebaixado à Série C em 2019, o experiente Paulinho chegou ao Santa Cruz sob grande expectativa. A missão era retomar o bom futebol, como apresentou no rival Náutico e na Ponte Preta, ambos em 2014 e no Criciúma, em 2015. Mas, na Cobra Coral, o volante conseguiu superar até as mais otimistas projeções dos tricolores, que põem Paulinho como um dos principais jogadores da equipe do técnico Itamar Schülle.
Reconhecimento comemorado pelo próprio jogador, que garantiu viver o melhor momento da carreira jogando no clube pernambucano. “Esse momento que eu estou vivendo no Santa Cruz é único. O melhor momento da minha carreira, com certeza. Confesso que jamais esperava viver o que eu estou vivendo e é gratificante para mim. As pessoas têm reconhecido meu trabalho, a torcida, a diretoria. Então, estou muito feliz aqui e espero que esse momento dure por muito tempo. É uma honra vestir essa camisa e espero que minha passagem por esse clube possa durar por muito tempo”, declarou.
Dentro de campo, antes da paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus, o Santa Cruz disputou 17 partidas neste início de temporada. E Paulinho foi basicamente o titular da cabeça de área na maioria dos jogos, participando de 12 duelos e dividindo o setor do meio de campo ao lado do experiente Bileu.
Além de ser figura carimbada na equipe do técnico Itamar Schülle, o volante também vem se destacando em uma função, em especial: a de garçom da equipe. No total, dos 22 gols feitos do Santa Cruz, entre Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, cinco deles passaram pelos pés de Paulinho, líder da equipe em assistências. Desbancando Didira, inclusive, o experiente camisa 10 da equipe, com apenas três passes para gol.
Mas, apesar de ser o garçom do time coral, o volante disse almejar, também, outro protagonismo: o de fazer gols. Marcar seu primeiro gol pelo Santa Cruz. De acordo com com Paulinho, seu nível de desempenho máximo dentro de campo ainda não chegou. Balançar as redes abrirá as portas para isso, garantiu. “Estou ansioso para isso. A sensação de dar um passe para gol é boa, mas marcar um gol é inexplicável”, completou.
“Acredito que tenho muito a contribuir, tenho muito a melhorar. A gente vai buscar isso na retomada dos treinos para que, quando os jogos voltarem, a gente possa estar melhor preparado psicologicamente. Quem ganha com tudo isso é o Santa Cruz. Vejo que não cheguei ao meu nível máximo ainda, quero marcar gols. Eu estou muito ansioso para marcar pelo meu primeiro gol com a camisa do Santa Cruz, a gente tem servido muitas vezes, mas a sensação de poder fazer um gol é inexplicável”, finalizou.