O capítulo final sobre a saga estatuária do Santa Cruz está próximo. Com data, hora, local e realização assegurados. Após torcedores do Santa Cruz conseguirem juntar 1759 assinaturas de sócios corais para convocação de uma assembleia geral (quando acontecerá a votação em prol do estatuto), o clube fiscalizou a situação de cada nome e apresentou o total de 919 assinaturas aptas. Com isso, a sede social do estádio do Arruda deve mesmo ser palco de uma decisão importante no dia 22 deste mês, quando os sócios verificados poderão votar por possíveis mudanças no regimento.
As outras 840 assinaturas que foram descartadas da lista apresentada por torcedores, sofreram invalidez por dois motivos, segundo trecho do documento assinado pelo advogado do Santa Cruz: “não foram localizados o CPF, ou estavam na condição de inadimplemento com as obrigações sociais”.
O integrante do movimento Intervenção Popular Coral, Jhonny Guimarães, rememorou o processo desde a apresentação da lista a diretoria do Tricolor, no início do mês passado. E comemorou o cumprimento da promessa do Santa, em avaliar individualmente as assinaturas reunidas.
“Nós apresentamos os documentos da convocação no dia seis de fevereiro. Segundo nosso entendimento, no mesmo dia o clube já deveria ter referendado a convocação, como não o fez, conseguimos uma decisão judicial que garantiu a realização da assembleia. Na época, o clube apresentou um recurso alegando que não estava colocando obstáculos, mas que precisava de um prazo de 30 dias para verificar se os sócios que assinaram a nossa ata eram legítimos. Conforme prometido, o clube analisou os documentos e confirmou que nossa convocação está regular, que alcançamos o número de assinaturas necessárias e garantiu que a votação vai ocorrer normalmente”, relembrou Jhonny.
Entre as reformas sugeridas pelos torcedores do Santa Cruz, estão: voto para todas as categorias de sócio do clube; extinção da Comissão Patrimonial (transformar em Diretoria Patrimonial ou subordinada ao Executivo); ficha limpa para candidatos e sócios; fim da quitação de débitos no dia da eleição; publicação digital da listagem de associados; diminuição do número de conselheiros efetivos; proibição de antecipação de receitas em anos de eleição.