Santa Cruz

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Após suspensão das reuniões, comissão de reforma defende 'mudanças necessárias e urgentes'

As duas outras sessões que estão na programação do Conselho Deliberativo do Santa Cruz ainda não têm datas para acontecer

postado em 18/12/2019 14:54 / atualizado em 18/12/2019 15:09

(Foto: Bruna Costa/DP Foto)
Depois da realização da primeira plenária que discutiu o processo de reformulação do estatuto do Santa Cruz, na noite da última terça-feira, o Conselho Deliberativo do clube suspendeu a programação dos debates, que reserva ainda mais dois encontros. A decisão foi recebida com certa esperança pela comissão de reforma, que vem trabalhando na composição do ‘novo’ regimento há dois anos. O presidente responsável, Mário Godoy, espera que neste momento de pausa, os conselheiros possam ficar mais íntimos das propostas. Ele falou ainda sobre o contraste que aconteceu no auditório do Arruda na noite passada.

“(Enxergamos a pausa) com tristeza e resiliência. Apesar de toda a divulgação do trabalho, o plenário que compareceu ontem não conhecia o projeto da comissão (de reforma). De um lado, temos a torcida completamente a favor do projeto e de outro, o plenário do Conselho (Deliberativo) que mal conhece o projeto”, alegou inicialmente. Na reunião, foram aprovados apenas dois pontos, já convergentes: a criação da ficha limpa para candidatos a cargos do clube tricolor e a presença de 30% dos atletas da base no elenco profissional.

Tendo avançado menos que o esperado, o presidente da comissão de reforma citou outros tópicos defendidos por ele, e que devem ser votados nos dois próximos encontros, ainda sem datas definidas pelo Deliberativo. “Muita gente que estava lá não conhecia o projeto, não conseguimos construir consensos que esperávamos, como a votação direta para presidente e vice, comissão fiscal eleita pelo Conselho Deliberativo e 30% de reinvestimento na venda de jogadores da base. Apesar dos dois pontos terem sido votados, acho que foi muito pouco”.

Defendendo que o documento elaborado pela comissão, com apoio de grupos de torcedores, contém o que “há de melhor” nos estatutos dos clubs do país, Mário pontuou que a intenção não é criar subdivisões dentro do clube coral. “Esperamos que esse período de reflexão seja proveitoso para os conselheiros efetivos conhecerem melhor o projeto, debaterem com propriedade e perceberem que contém tudo que há de melhor nos estatutos do Brasil, mas adaptado à realidade do Santa Cruz. Desejamos que percebam que o trabalho coletivo que escutou a torcida só quer o melhor pro Santa, e em momento algum prega desunião. Só quer o melhor para a instituição”.

“Me pareceu que o plenário do Conselho Deliberativo ainda não está convencido de que mudanças na estrutura do Santa são necessárias e urgentes. A discussão vai ter que continuar, porque o Santa Cruz precisa evoluir”, destacou o responsável.