Sob um clima de “pré-jogo”, o Conselho Deliberativo do Santa Cruz iniciou na noite desta terça-feira, a primeira das três sessões direcionadas à uma votação que definirá a versão do novo estatuto do clube que será avaliada posteriormente em assembleia geral, com presença dos sócios. Um grande número de torcedores se fez presente na sede coral, e com acesso negado às dependências do clube, permaneceram do lado de fora pressionando pela aprovação do texto formulado pela Comissão de Reforma, através de faixas e palavras de ordem.
O clima 'hostil', com direito a reforço da Polícia Militar, levou o presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Alírio Moraes, a suspender as duas próximas reuniões onde seriam apreciados outros pontos do projeto do novo estatuto, que ocorreriam na noite desta quarta e quinta-feira.
Ao mesmo tempo, também foi apresentado como sugestão na Plenária um outro texto encabeçado pelo presidente do Conselho de Administração do Santa, Antônio Luiz Neto, com alguns pontos discordantes do formulado pela Comissão de Reforma. No encontro desta terça-feira, apenas dois pontos foram levados à votação em plenária: ficha limpa para candidatos do clube e a obrigatoriedade do percentual de 30% de atletas da base na composição do elenco profissional. Ambos aprovados. Ainda não há definição de novas datas para a realização das duas sessões restantes.
Minutos antes da primeira sessão ser iniciada, o presidente do Deliberativo coral, conversou com a imprensa, e comentou a respeito do texto substitutivo protocolado pelo Conselho de Administração. “Esse texto da comissão vai entrar em apreciação pelo plenário, e nesse percurso, surgiu no apagar das luzes, um documento apresentando o que seria o estatuto substitutivo. Eu estou levando o substitutivo para o plenário, mas reconheço que há uma série de limitações. No meu entendimento, (limitações) jurídicas para a gente receber esse texto como substitutivo. Vamos receber como emenda ou sugestões para levar aos conselheiros, com total liberdade de debater”, afirmou Alírio.
Ao mesmo tempo, Alírio saiu em defesa da proposta original de mudança do estatuto coral. “Não é democrático a gente simplesmente ignorar todo esse tempo de trabalho desenvolvido por uma comissão, toda essa troca de energia, que aconteceu com torcida e pessoas que colaboraram e encostar para levar a apreciação um outro texto, que não passou por esse processo de amadurecimento. Embora se reconheça a qualidade do texto e das pessoas que estão assinando ele”, analisou.