
Os dois principais motivos para a articulação do grupo de torcedores, segundo o representante do movimento, João Santana, de 33 anos, são: “a perpetuação de poder” e “o momento atual do clube”. Segundo o articulador, “a torcida quer demitir o presidente”.
“A gente conversa com resultados, não conversa com diretoria, e o resultado fala por si só”, disparou João.
O parágrafo oitavo, do artigo 17, localizado na seção II do estatuto do clube prevê que o quantitativo equivalente a um quinto do número dos sócios com deveres em dia é suficiente para solicitar a convocação de uma assembleia geral extraordinária através de um requerimento assinado. Assim, os sócios e conselheiros adquirem o direito de decidir a respeito da permanência do presidente e do vice-presidente e também promover mudanças no estatudo do clube.
Perguntado sobre o interesse da torcida na causa, de uma forma geral, João respondeu que o movimento está sendo apoiado de forma massiva. “Somos apartidários, nenhuma pessoa que está nesse movimento pretende lançar candidatura”, contou. Ele não disse quantos sócios em dia estariam dispostos a assinar o requerimento solicitando a assembleia geral.
Na disputa que elegeu Constantino Júnior presidente, 1.252 sócios participaram da votação. Constantino obteve 812 (64,8% dos votos válidos). Albertino dos Anjos recebeu 250 votos e Fábio Melo, 190. Ele foi eleito para um mandato de três anos. Ou seja, até o fim do próximo ano.
A reportagem do Superesportes tentou contato com o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, mas não obteve resposta até a divulgação desta matéria.
