Segundo ele, há dois anos, o elenco coral também estava com salários atrasados e a equipe, em determinado momento, decidiu não entrar em campo. Acabou voltando atrás. "A gente decidiu de última hora jogar", revelou, sem citar em qual jogo aconteceu a ameaça de greve. Grafite também não detalhou quais as dívidas que o clube tinha com os atletas.
Em agosto de 2017, Grafite deu início à sua quarta e última passagem pelo Santa Cruz, menos de um ano depois de ter deixado o clube. O Tricolor estava na Série B e, já naquele momento, tentava fugir do rebaixamento. A crise financeira era tanta que o próprio presidente coral na época, Alírio Moraes, revelou que o atacante estava chegando com um salário "de principiante". "O valor que o Santa Cruz vai colocar a mão no bolso e pagar é muito baixo. Não tem peso. É como se fosse um jogador iniciando a carreira", revelou.
O esforço não surtiu o efeito que se esperava. Se em 2015 Grafite chegou no Arruda com o Santa Cruz na zona de rebaixamento da Série B e liderou a equipe na arrancada para a Série A, em 2017 ele foi discreto. E o time, atolado em dívidas, foi rebaixado para a Série C ao terminar a competição na 18ª colocação.
