O primeiro jogo do Santa Cruz no Arruda em 2019 aconteceu apenas no dia 17 de fevereiro, contra o arquirrival Sport. O motivo? A reforma do gramado do estádio José do Rêgo Maciel. Iniciado em outubro de 2018, o processo de requalificação foi longo - durou quatro meses - e envolveu o clube em diversas polêmicas com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Apesar disso, o que se viu na partida contra o Confiança, no último domingo, foi um piso em condições precárias, algo que motivou um desabafo do técnico Milton Mendes.
“Nosso campo não está legal. A culpa não é da direção, não estamos falando justamente isso. A gente jogou nesse campo e precisava ganhar com este campo. E eu mentalizei os meninos e eles foram extraordinários como sempre têm sido. Nos primeiros jogos foram mais transpiração do que transpiração. Nesse já foi mais inspiração do que transpiração. Não foi o ideal, mas jogamos muito melhor. E os três pontos apareceram e estamos feliz por isso. Mas temos que trabalhar muito porque a caminhada é longa”, explicou o comandante coral.
O treinador ainda isentou de culpa a direção do Santa Cruz falando que o clube contrata uma empresa terceirizada, que não vem entregando os cuidados esperados no tocante à conservação do gramado do Arruda.
“A nossa equipe do clube paga uma empresa e não estão dando o resultado para nós. Não sabemos o porquê. Na verdade, não estamos treinando aqui há duas semanas e o clube está preocupado com isso também. E certamente irão ser tomadas algumas providências. Mas isso não diz respeito a mim.”
Polêmicas com o gramado
Após quase quatro meses em processo de reforma da grama, o Santa Cruz preferiu iniciar a temporada em casa, o América-PE, pelo Estadual jogando na Arena de Pernambuco. Por sua vez, as obras de reestruturação do campo custaram mais de R$200 mil aos cofres corais. Depois disso, o clube tentou liberação para jogar em sua casa contra Bahia e ABC, pela Copa do Nordeste, mas sem sucesso, pois a vistoria da CBF não liberou o campo, que estava interditado, em nenhuma das ocasiões.
Enquanto isso, o gramado ainda sofreu bastante críticas sobre seu aspecto visual, o que era rebatido pela direção do clube com o argumento da funcionalidade. Na época, a diretoria coral afirmava que apesar de não estar “bonito como o da Arena” o gramado teria condições de jogo, pois “a bola rolava e não saía quicando”.