No Centro de Treinamento Ninho das Cobras, o diretor de futebol Luciano Sorriso do Santa Cruz deu algumas explicações sobre a situação do clube pernambucano. A primeira delas - sobre um caso mais recente - foi sobre a especulação de uma sondagem da Chapecoense pelo goleiro Anderson. A segunda, cobrança da torcida há muito tempo, foi a respeito da procura do Tricolor do Arruda por um meio de campo - uma das maiores carências da equipe.
O dirigente coral afirmou que o clube não recebeu nenhuma proposta pelo jovem goleiro e esclareceu que toda a especulação não existe, de fato. Inclusive, destacou que Anderson tem contrato em vigor com o Santa Cruz para o final do ano - assim como no seu clube formador, o Palmeiras, de onde o Tricolor, em parceira, conseguiu trazer o goleiro ao Arruda.
“Não tem nada, não existe nada. Até porque tem um contrato em vigor conosco até o final do ano. Inclusive pessoas de Santa Catarina também entraram em contato comigo e em nenhum momento chegou nada no clube. Ele vai continuar cumprindo o contrato que ele tem conosco, o Palmeiras também não nos alertou de nada e pela amizade nossa com eles, eu tenho certeza que se algo chegasse ao Palmeiras eles entrariam em contato conosco automaticamente”, pontuou Luciano Sorriso. Pelos direitos econômicos do atleta, o Santa Cruz possui 30% da multa contratual de Anderson em uma possível negociação com outros clubes.
Cadê o meia, Sorriso?
O Santa Cruz ainda não resolveu um problema da maior carência da equipe até o momento. Um meio de campo experiente, aguardado pela torcida e garantido pelos dirigentes corais, ainda não chegou ao Arruda. O que vem aumentando a cobrança dos tricolores. Mas, Luciano Sorriso abriu o jogo e explicou a situação. Esclareceu que o Tricolor aumentou o teto salarial pela busca do meia, mas não obteve êxito. Além disso, comentou que o Santa briga com times da Série B para conseguir o atleta desejado. Mas para na negociação devido ao contrato da Segundona ser mais extenso que o da Série C, que acaba no fim de setembro.
“No campeonato brasileiro, o contrato de alguns atletas vai até 31 de setembro. E em uma Série B vai até dia 31 de novembro. Então, muitas das dificuldades que nós temos tido é em relação a isso. Um dos empecilhos nossos são esses. Eu ligo para um atleta e digo que o contrato vai até 31 de setembro. Automaticamente, um atleta que ganhe, por exemplo, 30 mil reais, ele vai perder 30 de outubro e 30 de novembro. 60 mil reais o cara não vai jogar fora e ele prefere uma Série B do que uma Série C”, explicou.
“Então, a gente tem um problema com isso e a gente espera sair dessa divisão para sair o mais rápido possível. A gente está atento ao mercado e espera solução o quanto antes. Isso não depende só de mim, tem todo um corpo diretivo, tem uma comissão técnica para avaliar. Inclusive, nós saímos dos nossos padrões salariais para ter esse meia e mesmo assim a gente não conseguiu obter êxito. Por que? Falta de competência? Não. Não é isso. É uma preferência dos atletas. Exemplos de Léo Arthur, do Fluminense, Marcos Júnior, que foi para o Vasco, o próprio Carmona que veio para o Sport, Daniel Costa, que hoje está no Criciúma”, finalizou.