Nos pênaltis, Santa vence o Náutico, avança na Copa do Brasil e fatura R$ 1,45 milhão

Com a bola rolando foram poucas as emoções. Mas um clássico que leva esse nome, inédito na Copa do Brasil, e com uma premiação de R$ 1,45 milhão não poderia deixar de fazer jus ao apelido. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, com Pipico e Jorge Henrique marcando no primeiro tempo, a decisão da vaga a terceira fase foi para a marca dos pênaltis. Onde o Santa Cruz foi mais competente. 

Sem perder nenhuma cobrança, os tricolores seguem na competição e agora encaram o vencedor do duelo entre ABC e Moto Club (agora valendo R$ 1,9 milhão). Já o Náutico, que viu os pratas da casa Tharcysio e Luiz Henrique falharem nas penalidades, fica pelo meio do caminho. Ainda com as feridas abertas, os alvirrubros já voltam a campo no próximo domingo, pelo Campeonato Pernambucano, contra o Afogados. 

Já o Santa só volta a campo na próxima terça, diante da Acadêmica Vitória, também pelo Estadual. Com R$ 1,45 milhão no bolso e uma moral elevadíssima para o decorrer da temporada.

Para a partida, os dois treinadores mandaram a campo escalações sem surpresas. No Santa, Leston Júnior optou pelo lateral direito Cesinha para ocupar a vaga de Elias, suspenso. Com isso, Jô foi deslocado para atuar aberto pela esquerda. Pelo lado do Náutico, Gabriel Araújo herdou a vaga de Assis, vetado.

E o que se viu na primeira etapa foi um jogo truncado, mais com os tricolores mais organizados em campo. Porém, isso não se refletiu em chances de gol a favor dos donos da casa. Principalmente pelos muitos erros de passes no ataque, o que impediu os tricolores de aproveitarem a calamidade do sistema defensivo alvirrubro. Quando isso aconteceu, saiu o gol. 

Aos 28 minutos, graças a um sucessão de falhas individuais de praticamente todos os jogadores da defesa timbu, com Gabriel Araújo (uma avenida pelo lado esquerdo) errando a saída de bola, Krobel cortando mal e Rafael Ribeiro mal posicionado, Pipico girou em cima do defensor alvirrubro e chutou sem defesa para Bruno. Foi o quarto gol do artilheiro coral na temporada, o terceiro em cima do Náutico.

Já o Náutico tinha como alento o seu quarteto ofensivo, formado por Luiz Henrique, Jorge Henrique, Wallace Pernambucano e Robinho. E com a participação de três deles, o empate não demorou a voltar ao marcador. Aos 34 minutos, Wallace fez boa jogada pelo lado esquerdo e cruzou na área. Após ótimo desvio de Robinho a bola caiu nos pés de Jorge Henrique, livre na pequena área e em condição legal, só teve trabalho de estufar as redes.

Os dois técnicos voltaram com mudanças. No Santa, Jô deixou o campo para a entrada do meia Luiz Felipe, enquanto que no Náutico, Jorge Henrique deu lugar ao prata da casa Thiago. Porém, a alteração mais significativa veio aos 13, com Wallace Pernambucano deixando o campo, lesionado, para a entrada de Tharcysio. O clássico, porém, seguia amarrado, com muitos erros de passes e poucas chances de lado a lado.

 

 

 

Some-se a isso o receio dos dois times em se arriscar e o jogo ficou modorrento. Tanto que a primeira chance da etapa veio apenas aos 23 minutos. E graças a novo erro da defesa do Náutico, com recuperação do Santa na saída bola que terminou com cruzamento para Cesinha cabecear por cima. Foi o último lance do jogador, que deu lugar a Sillas Gomes. Aos 29, Fábio Matos entrou na vaga de Lucas Paraíba. Aos 37, Guilherme Queiroz entrou na vaga de Allan Dias. Nesse intervalo, nada ocorreu.

Com a bola rolando, as emoções que dão nome ao clássico ficaram apenas para os minutos finais. Ambas para o Náutico. Na primeira, aos 44, Fábio cara a cara com Anderson, obrigou o goleiro do Santa a fazer a melhor defesa da partida. Nos acréscimos foi a trave que salvou os tricolores, após cabeçada de Robinho.

Nos pênaltis, o Santa Cruz foi perfeito. Pipico, Guilherme Queiroz, Luiz Felipe, Marcos Martins converteram. Pelo lado do Náutico, Tharcysio e Luiz Henrique abriram e fecharam as cobranças mandando no travessão. Apenas Thiago e Robinho marcaram. Santa na terceira fase da Copa do Brasil. Com R$ 1,45 milhão no bolso.

Anderson; Marcos Martins, Vitão, Danny Morais e Bruno Ré; Charles, Diego Lorenzi e Allan Dias (Guilherme Queiroz); Jô (Luiz Felipe), Cesinha (Sillas Gomes) e Pipico. Técnico: Leston Júnior.

Bruno; André Krobel, Rafael Ribeiro, Diego Silva e Gabriel Araújo; Jimenez, Luiz Henrique e Lucas Paraíba (Fábio Matos); Jorge Henrique (Thiago), Wallace Pernambucano (Tharcysio) e Robinho. Técnico: Márcio Goiano.

Local: Arruda

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)

Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Vitor Carmona Metestaine (ambos de SP)

Gols: Pipico, 27/1ºT e Jorge Henrique, 34/1Tº.

Nos pênaltis: Pipico, Guilherme Queiroz, Luiz Felipe, Marcos Martins (converteram), Robinho, Thiago (converteram), Tharcysio  e Luiz Henrique (perderam)

Cartões amarelos: Diego Silva, Gabriel Araújo, Robinho, Luiz Henrique, Jimenez (N), Diego Lorenzi (SC)