Com orçamento apertado, não é segredo que a diretoria do Santa Cruz vem tentando parcerias com grandes clubes nacionais a fim de trazer reforços a custo zero para o Arruda. Foi assim no ano passado, quando contratou o zagueiro Augusto Silva e o lateral direito Maílton, do Palmeiras, por exemplo. Com bom trânsito no Verdão, o presidente Constantino Júnior voltou a visitar o clube alviverde nesta semana e também realizou conferências com dirigentes do Cruzeiro. A finalidade foi a mesma: busca por reforços. De acordo com o executivo de futebol Luciano Sorriso, porém, até então, nenhum dos jogadores oferecidos ao Tricolor até agradou.
"Fizemos os contatos. Mas é como falei anteriormente: não vai adiantar o clube mandar atleta sem que a gente avalie, sem que seja uma necessidade nossa e sem que tenha condições fazer parte do nosso elenco. Vai vir de um grande clube, por exemplo Cruzeiro, Palmeiras, Santos... A chance de ser um bom jogador é grande, mas não necessariamente pode estar em um bom momento, não necessariamente tem o nosso perfil", explicou Sorriso.
Com um orçamento que irá girar em torno de R$ 250 mil no início da temporada 2019, o Tricolor não se pode dar o luxo de errar. Mesmo que seja trazendo um jogador com o custo pequeno. Um dos pontos bastante batido pelo dirigente é coral é o desejo do atleta. Para vestir a camisa do Santa Cruz, o clube quer primeiramente que o atleta tenha vontade e que "compre" o planejamento para temporada. Sem isso, o Santa Cruz pode ter um peso e lidar com um problema muito maior no futuro.
"Tenho certo medo a respeito disso para que a gente não possa inchar o elenco só para dizer que tem os atletas sem custo, mas sem que eles estejam envolvidos, concentrados, 100% focados nos nossos objetivos que são vários ao longo da temporada. Já vieram várias indicações, vários atletas e nenhum vimos com bons olhos nesses sentidos. Para jogar no Santa Cruz tem que ter uma avaliação severa e não necessariamente tem as portas abertas só porque vem de um grande clube", detalhou Luciano Sorriso.
Vitrine para jogadores
A favor do Santa Cruz, a diretoria sabe, tem o fato de o Tricolor se manter como uma importante vitrine no cenário nacional. Não em vão, muitos clubes têm interesse em ter os atletas mais jovens jogando no Arruda, mesmo pagando os salários. "Tininho (Constantino Júnior) foi ao Palmeiras. Ao Cruzeiro, tivemos uma conferência e dos dois atletas indicados, um era interessante, mas não andou. Não adianta ficar queimando cartucho para ir lá porque não estão treinando, é mais um contato para deixar portas abertas. Vários clubes estão interessados porque sabem que aqui têm uma bela vitrine, além do desafio de testar atleta para saber se eles têm condições de jogar em alto nível no elenco do clube", destacou Sorriso.