Há pelo menos um ano, a comissão patrimonial do Santa Cruz vem procurando usar a criatividade com o intuito de angariar recursos para a construção do centro de treinamento do clube. Com direito a venda de uma série de produtos alimentícios como bolo de rolo, café, cerveja e sorvete. Porém, a última iniciativa nesse sentido gerou uma grande repercussão nas redes sociais. A venda de ovos de galinha, criadas no próprio terreno do CT, não foi bem aceita por parte da torcida e dentro do próprio clube.
Em nota oficial publicada nesta sexta-feira, a diretoria executiva explicou que o Santa Cruz possui os seus três poderes (executivo, deliberativo e comissão patrimonial) autônomos, com os respectivos presidentes respondendo individualmente por suas ações. No caso da executiva, o presidente do clube, Constantino Júnior. E com isso, "não corrobora com as idéias de venda de produtos perecíveis veiculadas pela imprensa e redes sociais", segundo a nota.
Mesmo assim, as vendas dos ovos de galinha não só devem continuar, como terá sua produção aumentada. Em entrevista ao Superesportes, o diretor financeiro da comissão patrimonial, João Caixeiro, afirmou que pretende comprar mais trinta galinhas para o CT, dobrando o número de aves no local. Segundo o dirigente, a venda de ovos é uma forma de democratizar a ajuda ao clube. Cada bandeja de ovos custa R$ 10.
"Temos uma linha de produtos do Santa Cruz. Já criamos o bolo de rolo, o café, a cerveja artesanal e agora estamos vendendo ovos de galinha capira, sem hormônios. È mais uma forma de angariar recursos para a construção do nosso CT. Quem pode ajudar com R$ 1 mil, R$ 10 mil ajuda. Quem não pode participa com R$ 10, R$ 15. São esses recursos que estão nos possibilitando, por exemplo, colocar a grama do primeiro campo do CT", destacou o dirigente citando o plantio do gramado iniciado na quinta-feira.
"O Barcelona vende batata frita, porque o Santa Cruz não pode vender ovos? Porque uma reação negativa a uma iniciativa que deveria estar sendo aplaudida? O Santa Cruz é um clube que está representado em todo segmento da sociedade. Sua torcida e mista e composta por pessoas de várias camadas econômicas. Estamos com 30 galinhas e vou comprar mais 30 para aumentar na produção. Muito dessas pessoas que estão criticando talvez não tenham dado um centavo para a construção do CT", completou João Caixero, que já tem em mente outro produto alimentício com a marca coral.
"Vamos aproveitar as festas de fim de ano e lançar o nosso panetone", encerrou.