A vitória do Santa Cruz por 2 a 0 sobre o Remo sugere um jogo muito mais tranquilo do que realmente foi. Isso porque o segundo gol coral só veio aos 46 minutos do segundo tempo, após pressão da equipe paraense, lanterna do grupo, com direito a bola no travessão do goleiro Tiago Machowski. Superioridade do adversário reconhecida pelo próprio técnico coral, Roberto Fernandes.
Sem esconder o alívio pelo resultado, o treinador afirmou na entrevista coletiva após a partida, que o Remo, inclusive, chegou a merecer o empate. E que as falhas da sua equipe precisam ser corrigidas já visando o confronto do próximo sábado, contra o Globo-RN, novamente no Arruda.
“Começamos o primeiro tempo adiantando a marcação, conseguimos envolver o Remo e fizemos o primeiro gol. Depois, eles conseguiram equilibrar as ações, mas tivemos uma bola com o Jailson que talvez pudesse ter definido o jogo. No segundo tempo o Remo veio para o tudo ou nada, ganhou o meio de campo e fez por merecer ter feito um gol”, apontou.
Roberto Fernandes reconheceu também que as mudanças no segundo tempo, principalmente a entrada de Augusto na vaga de Arthur Rezende, não ajudaram. “Tentamos dar velocidade ao contra-ataque mais não surtiu efeito. O Remo conseguiu encurralar o Santa Cruz. Pelo menos tivemos a maturidade de segurar o resultado. Mas o jogo teve um grau de dramaticidade que não estava nos planos. O Remo nos colocou para trás e não tivemos forças para sair”, pontuou.
Para completar, o treinador coral ainda apontou outro erro da sua equipe. A falta de um melhor jogo coletivo para sair do sufoco. “Já conversei com os jogadores que nós também abusamos da individualidade. Cada um queria resolver só e sozinho não se resolve nada. Recuperávamos a bola e por conta da individualidade entregávamos ela de volta ao Remo. Tínhamos que buscar os contra-ataques. Mas com lucidez, não com excesso de individualidade”, encerrou.