Principal liderança do elenco do Santa Cruz, Danny Morais está de volta ao time titular. Totalmente recuperado da fratura que o levou a fazer uma cirurgia no nariz no início de maio, o zagueiro de 32 anos voltou a treinar no time titular nesta semana. Há mais de um mês trabalhando com uma máscara no rosto, o atleta afirmou que deverá antecipar a retirada do equipamento para ir a campo contra o ABC, no próximo domingo, em Natal.
Na verdade, Danny já atuou por dois momentos após a cirurgia. Contra o Juazeirense e o Náutico. Porém, sempre entrando no decorrer dos jogos. Precavido, o técnico Roberto Fernandes falou por mais de uma vez que só traria o defensor de volta à equipe titular após a retirada da máscara de proteção no rosto. O momento propício ainda não chegou. No entanto, o zagueiro planeja retirá-la um pouco antes do previsto a fim de ajudar o time que passa pelo pior momento na Série C até aqui.
"Como todos podem ver, desde início (pós-cirurgia) estou trabalhando, já fui para o banco em alguns jogos, entrei em outros... Claro, não é a mesma coisa. É um pouco diferente, mas sempre estive disposto a passar por cima disso. Respeito a opinião (do técnico) e até concordo com algumas coisas (a respeito da prudência em mantê-lo no banco). Eu teria que tirar a máscara na segunda-feira, mas estou tentando antecipar. Hoje, não sinto mais incômodo e não tenho mais medo, que era o pior, nem receio. Então estamos tentando antecipar com o diretor médico e passar por cima das barreiras para tentar ajudar o Santa Cruz", afirmou Danny Morais.
À época em que decidiu manter Danny Morais no banco de reservas, Roberto Fernandes vinha ressaltando o bom retrospecto da defesa coral composta por Augusto Silva e Sandoval, que havia substituído o próprio Danny. Com os resultados aparecendo, o clube no G4 e o sistema defensivo dando conta do recado, de fato, não havia razão para riscos. Porém, o momento é outro. O Tricolor está há três jogos sem vencer. Vem de duas derrotas seguidas. Deixou o grupo de classificação. Está pressionado. Não em vão, Danny reforçou, embora respeitando os colegas, o desejo de voltar imediatamente ao time.
"Se tivesse a oportunidade de não fazer a cirurgia e ficar com nariz torto, não faria (a cirurgia). O problema é que poderia interferir na minha respiração e gerar outros problemas. Mas querer jogar, sempre quis. Viajei para enfrentar o Confiança sabendo que não ia jogar. Respeito muito meus companheiros que estavam jogando. Em nenhum momento, por mais satisfeito ou insatisfeito que estivesse, passei isso para o grupo ou deixei de fazer algo como fazia antes", ressaltou Danny.
Como bom líder, o zagueiro coral ressaltou que a todo instante buscou dar o exemplo. "Como uma das lideranças, não podia baixar a cabeça porque não estou jogando, ou fazer mal feito por causa de algum incômodo meu. Que exemplo vou dar para os mais jovens ou para quem está chegando? Então, de maneira alguma o atleta pode fazer isso. Pode estar insatisfeito por não jogar, estar bravo, o que tiver, mas que isso se transforme em suor e treinamento porque na frente vai precisar dar conta do recado", pontuou.