
Primeiramente, coube a assessoria do clube ir aos microfones comunicar à imprensa que PC Gusmão não daria entrevistas porque estava "de cabeça quente e iria conversar com a esposa". Ponto final. Em princípio, nem mesmo a diretoria iria a público explicar a situação no clube. Sob a pressão de um bombardeio de críticas nas redes sociais por parte da imprensa e da torcida, a diretoria então foi aos microfones.
Coube ao vice-presidente de futebol do clube, Felipe Rego Barros, admitir que a permanência do treinador era incerta. "Toda derrota como essa (4 a 1 para o ABC) merece uma reflexão de ambas as partes, tanto da diretoria como do Paulo César. É um cara dedicado, que vem se entregando de corpo e alma, mas a cultura do futebol às vezes exige uma medida mais enérgica. Mas não é cultura no Santa Cruz demitir técnico por uma derrota. Vamos respeitar o momento. Ele está chateado e nós também", disse.
Vice-presidente executivo do clube, Tonico Araújo também deixou o panorama em aberto. "Acho que o técnico, como ser humano, tem o direito (de não dar entrevista). Ninguém pode obrigá-lo a fazer isso. Ele está com esposa e resolveu ir para casa pensar e dar uma posição", afirmou, em seguida questionado sobre o que seria essa "posição". "Deve ser isso (se fica ou sai do clube), naturalmente. Ele está profundamente chateado com o que aconteceu. É natural pela humilhação que o time passou hoje", respondeu.
Em apenas 33 dias de trabalho, PC Gusmão teve apenas seis partidas à frente do time, tendo uma única vitória conquistada, dois empates e três derrotas sofridas.