Preocupação. A palavra que toma conta das arquibancadas do Arruda e é o principal sentimento do torcedor do Santa Cruz, aos poucos, vai fazendo parte do vocabulário dos jogadores corais. Ela se junta à palavra confiança e mostra que o temor pela queda à Série C é algo real. Na reapresentação do elenco coral nesta segunda-feira, o atacante Ricardo Bueno tentou mostrar uma posição otimista, mas está claro que os cinco pontos para sair do Z4 mudaram o clima no Arruda.
Questionado se a situação criava algum tipo de abatimento na equipe coral, Bueno negou, mas admitiu que estão alertas em relação à atual posição na tabela. “Não tem abatimento. O que há é uma preocupação. A gente não esconde de ninguém que se não mudasse alguns comportamentos, não deveríamos falar de acesso. Falávamos de acesso porque tínhamos outra qualidade e outra situação. Não podemos nos enganar. Tenho total confiança de que iremos mudar esse quadro e não seremos rebaixados”, avisou.
O que pode mudar, na opinião do atleta, para que o Tricolor saia da zona de rebaixamento é transformar os bons jogos em vitórias. Deixando nas entrelinhas que acredita que a equipe evoluiu nos últimos jogos, o camisa 99 declarou que a equipe precisa aproveitar esses bons momentos e transformá-los em pontos. "Está um pouco complicado e essa é a realidade. Temos que continuar trabalhando e sabendo das dificuldades que temos que enfrentar. Temos que tentar tornar os bons jogos em vitórias. Tiveram alguns jogos que fomos bem, mas não ganhamos."
A experiência de Bueno em campo pode ajudar, assim como o que já vivenciou em outro clubes. Em 2011, o atacante revelou que passou por um momento parecido com o Atlético-MG. Havia qualidade no elenco para brigar até pelo título, mas eles atravessaram a mesma situação e conseguiram evitar um rebaixamento inesperado.
"Estive assim em 2011 no Atlético-MG. Falávamos que era time para brigar pelo título, mas não conseguíamos sair da zona de rebaixamento. No fim, conseguimos uma boa sequência e saímos da zona com até um pouco de antecedência", relembrou.